A vereadora de Curitiba Sargento Tânia Guerreiro (União) é uma das que concorrem à Câmara dos Deputados nestas eleições e, segundo o registro de sua candidatura, a parlamentar ‘mudou de cor’. Ela se autodeclarou parda ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E depois de ser questionada pela reportagem atualizou o cadastro. Veja os detalhes no fim do texto.
No entanto, em 2018, quando se tornou suplente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Guerreiro disse que era branca. Em 2020, quando foi eleita vereadora em Curitiba, manteve a autodeclaração racial.
A ‘mudança’ do tom de pele, além de impactar nas estatísticas, também pode fazer diferença no financiamento de campanha já que desde o ano passado a Emenda Constitucional 11/2021 mudou as regras eleitorais.
De acordo com a EC votos dados para mulheres e pessoas negras receberão o dobro do valor de distribuição do Fundo Partidário até 2030.
Guerreiro ainda não destinou o balanço das contas eleitorais deste pleito ao Tribunal Superior Eleitoral. O limite legal de gastos é de R$ 3.176.572,53.
Por telefone, a parlamentar informou que iria questionar a própria equipe, que é responsável pelo encaminhamento dos dados ao TSE, e que assessores entrariam em contato com o Plural para explicar sobre a mudança. No entanto, até o fechamento deste texto, ninguém havia retornado.
Atualização
Às 18h24 do dia 22 de setembro, semanas depois do questionamento acerca da autodeclaração da candidata, a assessoria de imprensa entrou em contato com o Plural.
Por meio de aplicativo de mensagem foi informado que “houve um erro do partido no preenchimento das informações da vereadora em relação ao cadastro. Já foi corrigido”.
Desta maneira, com a retificação, sargento Tânia ‘permanece’ branca nos registros do Tribunal Superior Eleitoral.