A Mesa Diretora da Câmara de Curitiba confirmou a perda de mandato de vereador de Eder Borges (PSC) nesta sexta-feira, dia 27 de maio. Em decisão tomada em reunião da mesa, que é composta pelo presidente Tico Kuzma, Mauro Ignácio, Flavia Francischini e Alexandre Leprevost, a Casa deverá declarar a perda do mandato de Borges na próxima segunda-feira, dia 30 de maio, quando todos assinarão o ato na sessão ordinária do dia.
Eder Borges foi comunicado pelo presidente Tico Kuzma antes do início da coletiva de imprensa em que foi anunciada a decisão.
Com a decisão, a Câmara tem cinco dias para notificar o suplente de Eder Borges, o ex-vereador Mestre Pop (PSD) que deverá assumir a vaga. Pop já teve dois mandatos na Casa, de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020.
Ao assumir o cargo, Pop será o quarto negro dessa legislatura, que tem também a primeira mulher negra eleita vereadora, a petista Carol Dartora. Será a maior bancada negra da história do legislativo curitibano.
Por que Eder Borges perdeu o mandato?
A perda de mandato ocorre porque Eder Borges foi condenado por difamação numa ação movida pela APP-Sindicato, que representa professores da rede pública do Paraná. Como a condenação transitou em julgado ele não tem mais as condições necessárias para permanecer no cargo. O caso que levou a condenação do parlamentar aconteceu em 2016, quando estudantes secundaristas ocuparam escolas públicas em protesto pela Reforma do Ensino Médio.
Borges, na época, publicou no Facebook uma montagem com a foto de uma bandeira vermelha hasteada pelos alunos do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, junto de símbolos do comunismo. O texto dizia: “a APP faz isso com seu filho”. Indignado com a insinuação de manipulação ideológica, o APP Sindicato registrou uma queixa-crime.
Quem é Mestre Pop?
Nascido em Minas Gerais, Mestre Pop é líder comunitário na região do conjunto habitacional Rio Bonito, em Campo de Santana e mestre de capoeira. Foi presidente da Federação Paranaense de Capoeira. Como líder comunitário, organizou movimentos por segurança, transporte e áreas de lazer.
Na política, foi assessor parlamentar do deputado estadual Stephanes Junior (PSD) e do deputado federal Ratinho Junior (PSD) antes de se eleger vereador em 2012.
Em 2016, ele foi vítima de racismo quando o então vereador Zé Maria (SD) disse para colegas, enquanto tomava café na Câmara: “Sabe por que preto entra em igreja evangélica? Para poder chamar o branco de irmão”.
O caso foi denunciado ao Conselho de Ética, mas acabou arquivado.
Parabéns APP do Paraná! Vocês me representam
Seria interessante sim, a materia mais completa. Pra nós ficarmos ligado nessas atitudes e poder denunciar tbm.
Abç, companheiros(as)…
Este sujeito IDIOTIZADO tentou invadir o Colégio Estadual Lysimaco F Costa em 2016. Despontou de uma sociedade DOENTE que elegeu os piores VÍRUS que apareceram. A VACINA É MAIS DEMOCRACIA E CIDADANIA.
Parabéns APPsindicato.
#RenatoFica
O Processo Ético Disciplinar contra Renato Freitas foi iniciado a partir de cinco representações protocoladas na CMC contra o vereador. Uma delas é assinada por Eder Borges. Paulatinamente, o circo que se montou para a cassação do Renato vai se descortinando o ato anti-democrático e de teor racista, mostrando a real intenção destes vereadores. #RenatoFica
Deve ser bolsonarista!
Perder o mandato é pouco, calunias desse quilate deveriam dar cadeia para esse pústula que vive da e na mentira.
Só acho que com este aí não se pode contar…
Na trajetória conhecida, condiz mais com a tal síndrome da “barata que aprecia inseticida”
Esse tal de Éder Borges sempre fazendo arruaças e causando confusão. Infelizmente, presenciei ele ofendendo um professor com esse mesmo discurso hilário “de combater o comunismo”. Ele deve combater o comunismo no mundo de Bob, que é onde sua inteligência alcança… Ganhou a eleição com esse discurso. Teve um mandato com atividades insignificantes. Um verdadeiro inútil. Espero que os curitibanos aprendam a lição e dêem seus votos àqueles que merecem.
A matéria não contou o que Eder Borges falou. Dá pra contar essa história?
Oi Roni, estávamos editando a matéria ainda. Tá lá, querido. Obrigada pela audiência.