A filiação de Beto Richa ao PL de Jair Bolsonaro durou cerca de 24 horas. Nesta quarta (13), o ex-governador foi a Brasília, entrou no diretório do partido e, guiado por Filipe Barros (PL), assinou a ficha. Na quinta (14), depois de causar um tumulto no partido que chegou a levar manifestantes para a rua, anunciou que está desistindo da mudança partidária.
O movimento de Beto, ao procurar um partido maior, com mais tempo de tevê e dinheiro, pareceria acertado, não fosse por um detalhe. Aparentemente, o ex-governador não se deu ao trabalho de combinar com os russos. Os deputados do PL, à exceção de Filipe Barros, só souberam do fato consumado, e odiaram a notícia.
Paulo Martins, protegido do governador Ratinho Jr., chegou a anunciar a desfiliação. Depois disse que ficava para encarar Beto no partido. Ricardo Arruda, um dos bolsonaristas mais radicais, foi às redes dizer que o partido jamais aceitaria um “ex-presidiário”. Pediu que seus eleitores não colocassem a culpa em Bolsonaro, mas sim em Filipe Barros.
Depois disso vieram as manifestações da base. Gente diante da sede do PL com gritos de guerra contra Beto Richa, dizendo que não aceitariam o deputado na legenda. Já estava claro que não haveria como consertar a chegada tortuosa do tucano.
A saída à francesa foi encontrada nesta quinta. Beto Richa fez publicar uma nota dizendo que o PSDB não liberou sua saída, e que portanto, caso insistisse, ele poderia perder o mandato. Disse que mantém a pré-candidatura a prefeito de Curitiba, agora pelo seu antigo partido.
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