Ato pela democracia em Curitiba: “Queremos que o povo decida qual será o futuro do país”

Cidade participou de grande mobilização pela democracia que ocorreu em todo o país

Centenas de estudantes e trabalhadores se reuniram na Praça Santos Andrade de Curitiba nesta quinta-feira (11 de agosto) para manifestar em defesa da educação e da democracia. Esta manifestação foi organizada pelos estudantes da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), União Paranaense dos Estudantes (UPE), União Nacional dos estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) juntos com vários sindicatos, como APUFR e Sinditest.

O evento, realizado nas 27 capitais brasileiras, foi não só uma oportunidade para celebrar o dia do estudante, mas também para divulgar as duas cartas em defesa do estado democrático de direito. Dois textos escritos por ex-alunos da USP e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em defesa não só do sistema eleitoral eletrônico, mas também da Constituição contra o perigo de um golpe caso o presidente Jair Bolsonaro perca as eleições.

Por isso a grande mobilização nas principais cidades do país, desde Fortaleza até Curitiba. “É importante a gente se unir para defender a democracia. É um pacto pela educação e pela democracia. Até quando Bolsonaro vai estar no poder, a gente vai estar nas ruas”, afirma a presidente da entidade estudante secundaristas Mariana Chagas.

Juntamente com os estudantes, também participaram vários sindicatos e militantes de diversos partidos políticos, desde os progressistas até os apoiadores da terceira via. Para Marcelo Locatelli do Sinditest essa é a prova do nascimento de um novo movimento: “Há uma convergência para bloquear a intensão do golpe. Deste movimento fazem parte partidos de esquerda, progressistas e outros setores que vão além do progressismo. Estamos juntos para defender a democracia, é uma unidade de ação democrática. A gente quer que o povo decida qual será o futuro do pais. O movimento de hoje é suprapartidário”.

É um movimento além dos partidos que quer impedir uma possível tentativa de golpe de Jair Bolsonaro caso ele não seja reeleito: “Bolsonaro pode disputar o voto, para nos ele pode disputar o voto na sociedade, o problema é questionar as eleições. Isso é inadmissível porque as eleições são uma conquista e a garantia que o poder é na mão do povo”, conclui o sindicalista Locatelli.

A voz critica do movimento

Embora a carta em defesa da democracia tenha sido assinada por partidos políticos de direita e como de esquerda, os militantes da Esquerda Marxista criticaram o documento. “Esses que hoje se apresentam como paladinos da democracia foram os mesmos que apoiaram o impeachment da Dilma, que se felicitaram com a prisão de Lula e que permitiram que Bolsonaro continuasse governando até agora”, diz o panfleto distribuídos pelos militantes na praça Santos Andrade. Durante a manifestação, os representantes desse movimento optaram por se posicionar à direita do palco dos estudantes e dos sindicatos. Durante a passeata que chegou até a Reitoria da UFPR, eles entoaram o slogan: “Nem com Bolsonaro nem com o PT”.

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