Após fraude, governo abre edital de R$ 38 milhões para manutenção de frota

Contratação emergencial por seis meses vem depois de rescisão com JMK

O governo do Paraná está disposto a pagar até R$ 38 milhões em um contrato emergencial para garantir a manutenção da frota pelos próximos seis meses. A abertura das propostas será nesta quinta-feira (27). De acordo com o governo, a contratação atende a demanda emergencial aberta com o processo de rescisão do contrato com a JMK. Pelo teto do atual edital, o custo médio mensal, de R$ 6,3 milhões, é mais de 50% maior que o valor médio efetivamente pago pelo governo à JMK em 2018, de R$ 4,1 milhões.

A JMK, que respondia pelo serviço desde 2015, é acusada de praticar fraudes contra o estado. Investigação da Operação Peça-Chave, deflagrada em maio pela Divisão de Combate à Corrupção (DCCO) da Polícia Civil, aponta superfaturamento, em alguns casos, de mais de 400% nos serviços das oficinas mecânicas credenciadas pela JMK.

Em paralelo a isso, outro tensionamento entre a relação do estado com a empresa foi a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar atrasos no atendimento de conserto de carros, de pagamento das oficinas por parte da JMK e atrasos de repasses do governo à empresa. Segundo a empresa, o governo apresentava atrasos crônicos nos pagamentos, o que dificultava o repasse às oficinas.

Na outra ponta, o governo afirma que os pagamentos, R$ 168 milhões desde 2015, foram feitos regularmente. Em maio, o Plural publicou uma lista com informações de entrada de viaturas aguardando serviço na oficina dá conta de veículos com data de 14 de julho de 2018, à época, ainda sem execução.

Segundo o novo edital, o valor de contrato inclui custos de peças, serviços, mão de obra da rede credenciada e taxa de administração para prestação de serviço comum de gerenciamento da manutenção, com fornecimento e implantação de sistema informatizado e integrado. A empresa vencedora do contrato atenderá 48 órgãos públicos com uma média de 3,3 mil veículos por mês.

Dos R$ 38 milhões de teto que podem ser gastos pelo governo no contrato emergencial, pouco mais de 72%, cerca de R$ 28 milhões, é para custeio de manutenção da frota de viaturas das polícias e bombeiros da Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

A empresa deve apresentar uma rede de oficinas com no mínimo 324 estabelecimentos credenciados para veículos leves, médios, pesados, motos e similares, além de 30 estabelecimentos para atendimento de tratores, equipamentos rodoviários, agrícolas e similares e embarcações.

https://www.plural.jor.br/ratinho-gastou-58-da-economia-com-aviao-em-propaganda/

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