Ana Júlia Ribeiro, do PT, foi eleita a deputada estadual mais jovem na história do Paraná. Aos 22 anos, a líder estudantil que ficou conhecida nacionalmente por defender a educação pública, recebeu 51.845 votos.
Em 2014, Maria Victoria, do PP, também foi eleita aos 22 anos. Mas, por uma diferença de meses, Ana Júlia é a deputada estadual mais jovem a exercer o mandato.
Para o ano que vem, a prioridade da nova parlamentar será levar à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) a luta por uma educação pública de qualidade e por políticas públicas para a juventude.
“Estou muito emocionada, orgulhosa e feliz com o reconhecimento que recebemos. Nossa campanha trabalhou e lutou muito por isso. Agora é mostrar a importância desse mandato jovem e da renovação geracional na política”, disse ao Plural.
Líder estudantil
Ana Júlia é ativista pela educação pública, estudante de Direito na PUCPR e Filosofia na UFPR. Em 2016, foi uma das líderes do movimento “Primavera Secundarista”, que ocupou mais de 850 escolas do Paraná para protestar contra o sucateamento do Ensino Médio.
Na época, Ana Júlia chamou a atenção ao fazer um discurso na Alep em que disse que as mãos dos parlamentares estavam “manchadas com o sangue do Lucas”, estudante que morreu durante as ocupações.
Dois anos depois, a pedido do ex-presidente Lula, se filiou ao PT e em 2020 foi a jovem mais votada para a Câmara Municipal de Curitiba, com 4,5 mil votos.
Mulheres na Alep
Desde a primeira legislatura, em 1854, até este ano, apenas 22 mulheres ocuparam as cadeiras da Alep. A primeira foi a professora e doutora em Direito Rosy de Macedo, de 33 anos, eleita em 1947. Depois dela, a próxima deputada estadual foi eleita apenas em 1980.
Já exerceram a função parlamentar na Assembleia paranaense as seguintes mulheres: Rosy de Macedo, Amélia Hruschka, Arialba do Rocio Freire, Irondi Pugliesi, Vera Antonio Agiberti, Emilia Belinatti, Ligia Pupatto, Serafina Martins Carrilho, Marlene Salete C. Perreira, Arlete Caramês, Elza Correia, Beti Pavin, Rosane Ferreira, Rose Litro, Marla Tureck, Claudia Pereira e Cida Borghetti.
Atualmente, a bancada feminina é integrada por cinco deputadas: Cantora Mara Lima (Republicanos), Cristina Silvestri (PSDB), Luciana Rafagnin (PT), Mabel Canto (PSDB) e Maria Victoria (PP). Em 2023, além destas que foram reeleitas, formarão parte da Alep outras cinco: Secretária Márcia (PSD), Cloara Pinheiro (PSD), Ana Júlia (PT), Flavia Francischini (União) e Marli Paulino (SD).
Sobre o/a autor/a
Olha gente, eu gosto que tem mais mulheres na política, mas eu concordo com esse comentário da Ana Lúcia aqui de cima. O Plural está sendo pago pra fazer essas matérias sobre a Ana Júlia?
“Extra! Extra! Menininha rica consegue o que as moças pobres não conseguem!”
Tá até sendo bem insensível e sem noção essas matérias que vcs vem escrevendo sobre a Ana Júlia. Eu até gostava dela na campanha de 2020, mas essa bajulação dela mostra tbm muita coisa errada na mídia e dentro do PT.
Por que o Renato Freitas ainda não assumiu como vereador lá na câmara sendo que a ordem do Barroso era pra restabelecimento imediato dos direitos políticos?
O advogado de Renato Freitas está dormindo? Pq ele não dá uma juntada judicial no Tico Kuzma por abuso de autoridade e falha em cumprir ordem judicial?
Esse Guilherme Gonçalves parece que advoga mais pros interesses da Ana Júlia do que do Renato Freitas. Digo isso sem sequer ser filiada ao PT, nem conheço Renato nem a Ana, e consigo perceber isso. Imagine quem vê de perto, quem é do PT.
Essa Ana Júlia disse numa entrevista que era feminista, mas no primeiro minuto que colocou os pés na câmara, ela pediu não pra Dilma receber honraria, mas pro Lula. Ela fala uma coisa pras câmeras e faz outra bem diferente. Não confio nela não.
Oi Cida, Aqui é a Rosiane, coordenadora geral do Plural. Vamos esclarecer algumas coisas: fatos são fatos. Só porque eles desagradam as pessoas não significa que os jornalistas que os noticiam são parte de uma grande conspiração, sabe? É bastante ofensivo e injusto nos acusar de receber por matéria. Além de estar muito no limite de ser calúnia.
Fato: a Ana Júlia foi eleita. Nós noticiamos isso. Assim como noticiamos outros fatos: a eleição da Carol Dartora, a do Renato, e todos os outros 84 deputados federais e estaduais do Paraná.
Mais um fato: o PT investiu pesado na Ana Júlia. O Plural também noticiou isso durante a campanha inclusive com detalhamento dos valores.
Não dá pra brigar com fatos. Imprensa livre e independente noticia fatos, mesmo que esses fatos incomodem, seja por qual motivo for.
A Câmara ainda está dentro do prazo para convocar o Renato Freitas. Prazos são definidos por lei.
Um abraço e obrigada pela audiência
Rosiane
Sim a força da juventude que lutou por melhores condições na educação precisa ser destacado e se fosse pelo dinheiro não teríamos conquistado pois outros mais ricos ficaram pra trás. Primavera estudantil não pode ser esquecida e em muitos eleitores está presente. Seria bom revisar pois a solidariedade da população fez movimento resistir tantos meses.
O mandato coletivo da ala rica do PT, o Declatra – Wilson Ramos e Miriam Gonçalves – ganham a eleição pra deputado estadual com a carinha linda e fofa da Ana. Adoro o website de divulgações de
contas do TSE e comparar com outros candidatos do PT, como quanto que o PT deu pra Ana da ala rica e branca e quanto que o PT deu pro Renato Freitas, da ala preta e pobre (e no último momento possível da campanha). Muito fofa a Ana, aposto que ela sempre vai ter ajuda financeira que ela precisar pra “ser a mais jovem vereadora e a mais jovem deputada e a mais jovem dona de carro e proprietária da própria casa.” É muito bom ter
dinheiro né gente. Dá pra ser um monte de coisa que os outros não “conseguem”.