O Brasil é o segundo país com mais piscinas instaladas do mundo. São 3,8 milhões de unidades que fazem parte de um setor que movimenta em torno de R$ 12 bilhões por ano. Os dados são da Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas (ANAPP) com base em estudos e pesquisas de mercado.
Segundo a ANAPP, a busca por piscinas vem crescendo no Brasil, principalmente nos últimos quatro anos. Em um cenário de intensa expansão, o mercado gerou um crescimento médio de 18,7% entre os anos de 2020 e 2021.
Empregando de forma direta cerca de 126 mil trabalhadores, o setor de piscinas conta com 250 fabricantes e 2.500 lojas especializadas no Brasil, sendo a região Sudeste a que mais vende unidades no país.
“A piscina é o sonho do brasileiro. Além do clima favorável o ano todo e o envolvimento familiar tradicional com festas e churrascos, estas instalações também valorizam os imóveis”, informou a ANAPP, em nota.
No país, segundo a associação, o preço para ser instalar uma piscina de 3 metros por 6 metros fica em torno de R$ 19,5 mil (fibra), R$ 27,2 mil (vinil) e R$ 54,4 mil (concreto).
Paraná
Em Curitiba, apesar da fama que tem pelo clima frio, o mercado encontrou espaço para se difundir. A GM Fibras, empresa paranaense que fabrica piscinas desde 2006, mantém um crescimento médio anual de 15% e pretende expandir os negócios até São Paulo. Hoje, a GM possui duas unidades fabris em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Conforme o gerente administrativo da GM Fibras, Luis Tadeu Pereira Rosa, a empresa fabrica e entrega o tanque para uma das 70 revendedoras parceiras que, por sua vez, faz a venda ao consumidor final. Por ser mais rápida de fabricar e instalar, a GM Fibras trabalha com piscinas feitas de fibra de vidro.
Rosa explica que, apesar da industrialização das piscinas depender de um fator sazonal, a empresa fabrica e revende em média 150 unidades por mês. “A fabricação é bem artesanal, não existe algo mecanizado hoje em dia para automatização da fabricação das piscinas”, afirma.
Outra empresa do ramo que vem crescendo no mercado estadual e nacional é a CIA da Piscina. Estabelecida em Curitiba desde 1999, a CIA da Piscina trabalha com tanques em concreto e revestimento em alvenaria, vinil e tela armada 1,5 mm.
Emerson Martins, diretor da empresa desde 2015, conta que, apesar de atender a demanda de grandes empreendimentos, 80% dos clientes da CIA da Piscina é formado por pessoas que buscam instalar uma piscina em suas residências. “A gente faz venda passiva e ativa, mas nosso maior cliente é de construção unifamiliar, como chamamos.”
Embora a projeção anual de crescimento da empresa seja de 20 a 30%, Martins afirma que, nos últimos anos, a CIA da Piscina tem avançado o dobro. A próxima meta, segundo o diretor, é ampliar a estrutura física do negócio.
Entre as cerca de 80 piscinas que a empresa vende por ano está a da empresária Thais Bello. Foi no Carnaval de 2021 que Thais, o marido e as duas filhas de 11 e sete anos puderam começar a aproveitar a piscina, que passou a ocupar o gramado inutilizado no fundo da residência.
Para Thais, construir a piscina foi um investimento que valeu a pena, não apenas porque valorizou o imóvel, mas também porque aproximou a família. “Hoje é outra casa. Tem as suas despesas com limpeza, aquecimento, mas no final vale a pena porque o investimento que fizemos se paga completamente. A gente aproveita muito, minha mãe vem direto nos visitar para ir na piscina, tem churrasquinho final de semana para irmãos, os amigos da escola das meninas vêm. Trouxe mais união, com certeza”, finaliza.