Empresária cria brechó de plantas para adoção em Curitiba

Priscila Maris resgata verdinhas abandonadas e cuida delas até encontrarem novos "pais"

Plantas jogadas fora ou que adoeceram por causa de fungos e pragas têm um novo lar onde são submetidas a cuidados até voltarem a ter saúde e, por fim, encontrarem um novo dono. O brechó de plantas Turiya, em Curitiba, é uma mistura de floricultura e projeto de resgate e adoção de verdinhas abandonadas.

“Resgato plantas, cuido delas e, quando estão em boas condições, coloco para adoção. Entrego para alguém que assuma a responsabilidade sobre esses organismos vivos”, explica a empresária Priscila Maris, que em dois anos já doou mais de 50 plantas a “pais adotivos”.

Begônia, costela de Adão, pacová e até um raro filodendro rubi são algumas das espécies que já foram resgatadas e adotadas.

“Como a bicicleta é meu meio de transporte principal, eu observo a cidade com outros olhos. Ao passar devagar pelas ruas, encontro plantas abandonadas nas caçambas e nas lixeiras. Muita gente deve achar que já morreram, mas é só cuidar direitinho para que se recuperem”, diz Maris.

Priscila circula pela cidade de bicicleta para encontrar plantas abandonadas. Foto: Divulgação.

Brechó de plantas

A tarefa exige tempo e dedicação, já que às vezes as verdinhas levam meses para sobreviverem a pragas como pulgão, cochonilla e outros fungos. Adotar, claro, não tem custo, mas uma contribuição é sempre bem-vinda.

Turismóloga por formação e instrutora de ioga, Priscila ficou desempregada no começo da pandemia. Os boletos se acumulavam até que, em junho de 2020, ela e o parceiro Alessandro Foggiato tiveram que se mudar para um apartamento menor e mais em conta.

No espaço reduzido, o que fazer com as mais de cem verdinhas que moravam com ela? Uma postagem nas redes sociais em que ela anunciava a doação de 50 plantas viralizou e as “filhas folhudas” esgotaram no primeiro dia.

A escritora Verginia Grando, que sempre teve uma selva urbana em casa, antes mesmo que o termo virasse moda, foi uma das primeiras mães adotivas. Ela adotou uma begônia pendente e um filodendro que Priscila resgatou moribundo e largado no Bosque do Papa.

“Ela faz um processo muito lindo de resgate e não só entrega a planta, mas ensina a cuidar dela. Hoje as duas plantas que adotei estão superbem, crescendo, cheias de galhos e folhas”, diz Grando.

Costela de Adão resgatada por Priscila. Foto: Divulgação.

Jardim urbano

Diante do sucesso da ideia inovadora, Priscila Maris botou a mão na terra e passou a se dedicar em tempo integral a jardinagem e paisagismo. Após buscar formação profissional na área, hoje ela trabalha com venda de plantas “novas” e selecionadas, e presta consultoria para quem quiser montar um jardim urbano em casa ou apartamento.

A palavra Turiya, que dá o nome ao brechó, vem do sânscrito e se refere ao conceito indiano utilizado na ioga de quarto estado de consciência da vida, que permeia todas as formas de vida, sobretudo na natureza.

Brechó de plantas Turiya

O brechó de plantas Turiya tem um perfil no Instagram: @turiyabrechodasplantas. Você também pode fazer contato com a Priscila Maris pelo telefone e pelo WhatsApp: (41) 996 928 992.

Sobre o/a autor/a

7 comentários em “Empresária cria brechó de plantas para adoção em Curitiba”

  1. Eu aqui na minha cidade não posso ver um galho de plantas que eu adoto kkk e eles retribuí ficando lindas plantas minha vizinha já tá igual não pode ver planta que pega também é isso aí vamos cuidar das plantas planta é vida.

  2. Zaneide milioli Boeckler

    Muito interessante, seu brecho de plantas foi uma ideia incrível, como é bom ver pessoas criativas. Parabéns muito sucesso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima