Quem é a grande liderança negra de Curitiba? E a liderança comunitária mais importante? Dê seu voto!

Veja aqui os indicados ao "Melhor de Curitiba" e dê seu voto"

Colaborou: Cecília Sizanoski

Aqui no Plural a gente acredita no poder de mobilização das pessoas. No poder de organização. E para isso, é fundamental ter gente com perfil de liderança, que incentive, crie projetos e bote a coisa para acontecer. Veja aqui a lista das pessoas indicadas aos prêmios de “Liderança Negra” e “Liderança Comunitária” neste ano no prêmio “Melhor de Curitiba”. E aproveite para dar seu voto!

Liderança negra

  • Adegmar José da Silva – Mestre Kandieiro/Linha Preta

No dicionário, “Candieiro” é aquele que ilumina e mostra o caminho e, com o apelido de “Mestre Kandieiro”, Adegmar José da Silva faz jus ao significado. Batuqueiro e poeta, ele é contador de histórias da presença negra no projeto Linha Preta Curitiba, que mostra a contribuição negra na construção da cidade. O Kandiero é idealizador do Centro de Estudo e Pesquisa da Arte e Cultura Afro-brasileira – Centro Cultural Humaita e também é escritor. Entre as obras, está o livro “Oralidades Afroparanaenses: fragmentos da presença negra na história do Paraná”, do qual foi co-autor. 

Atua como Conselheiro Municipal (COMPER) e Nacional (CNPIR) de Promoção da Igualdade Racial e foi Assessor de Políticas de Igualdade Racial de Curitiba. “Candeeiro” também é a profissão do pai, do avô e do bisavô de Adegmar, que foram condutores do carro-de-boi. Para ele usar este nome é uma forma de honrar a luta daqueles que vieram antes dele.

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  • Diorlei Santos – Afropretinhosidade

Músico, percussionista, compositor, coreógrafo e arte-educador. Diorlei Santos respira arte e acredita nela como ferramenta de transformação social. É um dos fundadores do Bloco Afro Pretinhosidade, do qual também é mestre, é idealizador do projeto Lata Afro Groove e idealizador e coordenador do grupo Princesas do Ritmo.

Quando perguntam sua história, responde: “Fui salvo pela Cultura”. Quando mais precisava, menino de rua e adolescente infrator, encontrou a Chácara dos Meninos de Quatro Pinheiros, onde foi acolhido. Lá, descobriu que amava a arte e que seguiria o caminho dela. 

Hoje, como arte-educador, atua com crianças em situação de risco e vulnerabilidade social, para que elas possam encontrar o mesmo caminho. Tem como missão de vida potencializar protagonistas e articuladores do bem dentro das periferias.

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  • Miss Preta – Estética Afro Nossas Raízes e Comunicadora da Marcha do Orgulho Crespo

Miss Preta é natural de Campos dos Goytacazes (RJ) e passou a infância no assentamento do MST Zumbi dos Palmares. Ela se define como “Jovem Mulher Negra”, é moradora de Pinhais há sete anos, graduada em Processos Gerenciais e já atuou como educadora social e técnica em segurança do trabalho na cidade natal. Atualmente, é vice-coordenadora do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial do Município de Pinhais, presidenta  no Conselho Municipal da Juventude e conselheira do Conselho da Mulher de Pinhais e diretora da Diversidade, Equidade e Inclusão pelo Rotaract Curitiba Oeste. Idealizadora do Pinhais Fashion Mulheres Reais é do Estética Afro Nossas Raízes – Pinhais, evento que tem o objetivo de celebrar e valorizar a cultura afro na cidade. 

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  • Eduardo de Oliveira Filho – empresário e líder do Coral Negro de Curitiba  

O Coral Negro de Curitiba é coordenado pelo empresário Eduardo de Oliveira Filho e tem como objetivo conscientizar, empoderar e valorizar as raízes do povo negro de Curitiba. 

Eduardo atua em áreas como a de planejamento estratégico, gestão, ESG e sustentabilidade. O coordenador do Coral Negro também é presidente da Associação Beneficente Eduardo Filho (ABEF) e gestor em projetos sociais como: Rede do Bem, e Orquestra Arquidiocesana Luz dos Pinhais.

Ele é referência na gestão de emendas parlamentares para a área da saúde e assistência social com foco no sistema do Fundo Nacional de Saúde (FNS – InvestSUS) e na Plataforma Mais Brasil. Além disso, é  empreendedor social, especialista em terceiro setor e Diretor Geral da EF Grupo.

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  • Giorgia Prates – vereadora

Mulher, preta, gorda, lésbica, umbandista e favelada. Giorgia Prates reúne, num corpo só, todos os gabaritos do preconceito e da exclusão social. Talvez por isso, seu trabalho sempre tenha sido marcado pelo comprometimento com as denúncias de injustiças, seja com sua atuação no movimento estudantil da UFPR, como fotojornalista premiada internacionalmente ou como vereadora de Curitiba. 

Giorgia vem pela Mandata Preta, um coletivo de mulheres, quase todas pretas, com um objetivo em comum: tornar Curitiba mais inclusiva e antirracista. Com apenas um ano de Mandata, é uma das parlamentares mais atuantes da Câmara e já protocolou mais de 15 Projetos de Lei. Entre suas pautas estão o combate ao racismo, defesa da periferia, direito à moradia, direitos LGBTQI+, direito das mulheres, defesa dos animais, crianças e jovens, cultura e educação e direitos humanos.

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  • Telma Mello – conselheira tutelar, ativista 

Feminista negra e ativista antirracista, Telma Mello combate a transfobia e homofobia, é abolicionista penal, defensora dos Direitos Humanos e a favor do aborto. De acordo com ela, ser antirracista é honrar os ancestrais que abriram os caminhos que hoje ela está trilhando: “é um envolvimento que vem de quase 400 anos atrás, quando minha ancestralidade é retirada de África e sofre todos os tipos de violações e violências.”. 

Por entender que crianças e adolescentes são o futuro da humanidade, é defensora do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Conselheira Tutelar em primeiro mandato. Também é psicóloga e corretora de Imóveis.

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  • Valnei Francisco de França Filho – advogado antirracista

Advogado Antirracista, Valnei Francisco de França Filho cria das políticas afirmativas do PROUNI e das cotas raciais. Atua na defesa de vítimas de violência racial em Curitiba e RMC, ministra palestras em escolas com temas relativos a Direitos Humanos, Direito Antidiscriminatório e Antirracismo. Faz formação profissional para empresas e servidores públicos sobre relações raciais e Direitos Humanos.

Formado em Direito pela UNICURITIBA, Valnei é especialista em Direito Penal e Criminologia pelo Instituto de Criminologia e Política Criminal de Curitiba (ICPC). Conhecido como “advogato OG®” nas redes sociais, é também comunicador e criador de conteúdo digital.

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Liderança comunitária

  • Adalberto Prado​ 

Para Adalberto Prado, a maior conquista da luta popular brasileira é o Sistema Único de Saúde. Na década de 80, Adalberto fez parte do movimentos Reforma Sanitária e Diretas Já, dessa forma, lutou pelo fim da ditadura militar no Brasil e por de uma nova constituição que oficializasse a universalidade do direito à saúde e criasse um sistema público de saúde.

Foi Conselheiro Municipal da Saúde em Curitiba e hoje ocupa o cargo de Presidente do Conselho Distrital de Saúde do Boa Vista. É mestre em Química e já trabalhou como petroleiro, época na qual começou a fazer parte de movimentos sociais. 

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  • Adegmar José da Silva 

No dicionário, “Candieiro” é aquele que ilumina e mostra o caminho e, com o apelido de “Mestre Kandieiro”, Adegmar José da Silva faz jus ao significado. Batuqueiro e poeta, ele é contador de histórias da presença negra no projeto Linha Preta Curitiba, que mostra a contribuição negra na construção da cidade. O Kandiero é idealizador do Centro de Estudo e Pesquisa da Arte e Cultura Afro-brasileira – Centro Cultural Humaita e também é escritor. Entre as obras, está o livro “Oralidades Afroparanaenses: fragmentos da presença negra na história do Paraná”, do qual foi co-autor. 

Atua como Conselheiro Municipal (COMPER) e Nacional (CNPIR) de Promoção da Igualdade Racial e foi Assessor de Políticas de Igualdade Racial de Curitiba. “Candeeiro” também é a profissão do pai, do avô e do bisavô de Adegmar, que foram condutores do carro-de-boi. Para ele usar este nome é uma forma de honrar a luta daqueles que vieram antes dele.

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  • Andressa Fogaça da Cruz –  presidente da Associação de moradores Chacrinha – Vila Esperança

Andressa é presidente da Associação de Moradores Chacrinha, conhecida também como Vila Esperança, no bairro Alto Boqueirão. Mãe de uma menina de 15 anos e casada há 17, Andressa acredita que aos poucos, a luta da comunidade vai trazer lugar para todos na sociedade. Por lá, a luta principal é pela dignidade da população através do básico, como redes de abastecimento de água, de distribuição de energia elétrica e saneamento básico. Nos últimos anos, a associação conseguiu avanços significativos, como inserir na Chacrinha vans escolares e um sistema de coleta de lixo. São cerca de 65 famílias que dependem dos serviços da Associação.

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  • Dida da Portelinha – liderança na Comunidade Portelinha, no Santa Quitéria

Dida da Portelinha é uma liderança na Comunidade Portelinha, no Santa Quitéria, desde 2012 e faz trabalho social com 400 famílias do bairro. Dida explica que a comunidade Portelinha tem uma parcela significativa de famílias em situação de vulnerabilidade social, com grande demanda por moradia digna. Por lá, alagamentos são muito comuns, por ser próximo a beira de um rio. Ela defende que solucionar, ou mesmo diminuir, esse problema é o começo de uma vida melhor para todas as famílias. Ela também ajuda as famílias com crianças através de conversas e busca oferecer melhorias na alimentação da comunidade.

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  • Ellen Araújo Andreis – liderança na Associação de Moradores do Jardim Botânico

O bairro Jardim Botânico conta com uma liderança comunitária que busca valorizar o espaço para além dos pontos turísticos. Além de atrativo, lá deve ser também um bom lugar para morar. Isso é o que defende Ellen Araújo Andreis, Ex Presidente da Associação de Moradores do bairro. Outras pautas que ela defende são o bem-estar, qualidade de vida, limpeza e saúde pública, segurança, limpeza dos rios e revitalização do espaço com a arte urbana.

Ellen é criadora de um grupo do bairro no Whatsapp, onde envia informações relevantes para os mais de 600 membros. Também organizou a revitalização do muro da Brasílio Itiberê, onde era ponto de queima de materiais reciclados e fios elétricos, através de um grafitti. Além disso, a ativista também faz parte do Movimento Mulheres que se Importam. 

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  • Fabiano Dias Pinto 

Padre Fabiano é professor e voluntário em atividades de instrução e orientação jurídica e solidária. Foi Reitor do Seminário São José entre 2005 e 2014, quando abriu o Colégio Interno para a Comunidade. O Colégio Arquidiocesano, antes exclusivamente masculino, passou a acolher também meninas. Na época o colégio também passou a disponibilizar as dependências esportivas e recreativas do seminário para uso de projetos sociais e comunitários, aproximando a igreja da população.

Fabiano é natural de Curitiba e foi ordenado sacerdote católico em 2005. Entre 2014 e 2017 esteve em Roma para estudos de Mestrado e Doutorado. Em 2017 assumiu como reitor o Seminário Rainha dos Apóstolos de Curitiba.. Também dedica-se a trabalhos e projetos na área jurídica e do Direito Canônico, auxiliando na Curia Metropolitana de Curitiba. 

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  • Goura Nataraj– deputado estadual

Cicloativista, filósofo e professor de ioga, Goura é deputado estadual do Paraná. Defende causas como mobilidade, meio ambiente, agricultura urbana e alimentação consciente. Aos 18 anos, faz sua primeira viagem à Índia e aprofunda os estudos em ioga, sânscrito e cultura da paz. É mestre em filosofia pela Universidade Federal do Paraná e autor do livro O Grande Meio Dia. É co-fundador da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu, fundamental para a criação do Plano Cicloviário de Curitiba e para diversos investimentos cicloviários. Também é responsável pela criação do Jardim de Sofia, espaço comunitário às margens do Rio Belém e da Praça de Bolso do Ciclista.

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  • Lucas Siqueira  – ativista LGBTQIA+ /Grupo Dignidade

Depois de sofrer LGBTIFobia na própria pele, Lucas Siqueira decidiu dedicar sua vida para a luta por direitos das pessoas LGBTI+. A caminho de completar 10 anos no ativismo, Lucas é integrante do Grupo Dignidade e o primeiro presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos (CMDH). Já atuou na campanha pela Criminalização da LGBTIfobia no STF e na Campanha Igualdade na Veia, que foi fundamental na sensibilização do STF para a derrubada da restrição de doação de sangue por LGBTs. É um dos fundadores da Ceia de Natal LGBTI+ e do programa de atendimentos psicológicos no Grupo Dignidade, que atende gratuitamente 150 pessoas todos os meses. Durante a pandemia de COVID-19 colaborou com a doação de toneladas de alimentos para LGBTI+ em situação de vulnerabilidade e fundou e organiza a Marcha pela Diversidade de Curitiba.

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  • Renato Freitas – deputado estadual

Eleito com mais de 57 mil votos, Renato Freitas é Deputado Estadual no Paraná, onde defende o direito à educação, segurança e moradia digna como suas principais bandeiras. Ele se apresenta como “mais um rapaz comum, político por acidente, lutador por vocação”. Cresceu na periferia da Região Metropolitana de Curitiba, onde presenciou muita violência e preconceito, então, nas duas graduações que fez, em Ciências Sociais e Direito, focou as pesquisas em entender as raízes dessa realidade. Pesquisou criminologia e política do encarceramento na área de Direito Penal e Sociologia da Violência. 

Renato Freitas ainda fundou o Núcleo Periférico, organização que luta por regularização, direito à moradia e ao saneamento básico. O deputado defende que não consegue nem vai se adaptar a normas que naturalizam injustiças. É por isso que viveu alguns episódios de enfrentamento a políticos, como ao próprio Presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, e às forças de segurança, como as vezes que teve problemas com a Guarda Municipal de Curitiba.

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  • Roberto Conceição de Almeida Leite –  ativista pela inclusão de pessoas com deficiência

Roberto Conceição de Almeida Leite, servidor na SEDEF (Secretaria de Desenvolvimento Social e Família do Paraná), desempenha papel fundamental na Coordenação da Política Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Sua trajetória no ativismo pelos direitos dos deficientes físicos começou em 2007, quando enfrentou a retinose pigmentar, que resultou na perda total da visão. Hoje, é usuário da Tecnologia Assistiva Cão-Guia, tendo como companheiro o Labrador chamado Rocky.

Roberto é embaixador da acessibilidade na Justiça Eleitoral do Paraná e acredita no esforço coletivo para conquista de direitos e sua implementação. Defende que, dessa forma, é possível assegurar dignidade para todas as pessoas, em especial as Pessoas com Deficiência, que muitas vezes permanecem invisíveis à sociedade.

Formado em direito, Roberto é ativo na Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-Pr. Também faz parte de outros órgãos defendendo suas pautas, de forma que é representante do IPC (Instituto Paranaense de Cegos) e integra o COED-Pr (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado do Paraná).

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  • Valdemilsom Osório de Campos

O Presidente da Associação dos Moradores da Vila das Torre se chama Valdemilson Osório de Campos, mas todos o conhecem como Tanaka. Ele tem como principal objetivo garantir que a população da Vila tenha os direitos garantidos através de políticas públicas. Para saber das demandas e reclamações, periodicamente, Tanaka organiza reuniões da Associação. Nelas são planejadas soluções para a educação, saúde, melhoria das ruas, iluminação pública, meio ambiente e os problemas relacionados ao rio Belém. 

Nascido e criado na Vila das Torres, Tanaka é filho de catadores de materiais recicláveis e também trabalhou com isso durante 10 anos. Quando novo, aprendeu como funciona a mecânica do automóvel nas oficinas da vila e hoje tem uma. Oferece cursos de mecânica e, para quem não consegue pagar por eles, também dá aulas gratuitas na oficina. Além da Vila das Torres ajuda outros locais, com doações e apoio às lideranças.

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  • Vanessa Lima – liderança no Projeto Mãos Invisíveis

O ativismo pelos direitos da população em situação de rua é o que guia a trajetória de Vanessa Lima, fundadora do Projeto Mãos Invisíveis, uma das principais organizações na defesa do tema no Paraná. 

O projeto surge em 2017, quando Vanessa e sua família decidem entender melhor a realidade da população de rua em Curitiba e distribuir marmitas durante 60 noites nas ruas. Logo, o grupo reconhece que a ação, por si só, não resolveria os problemas estruturais dessa população. Por isso, o Mãos Invisíveis se aprofunda na luta pela dignidade e direitos humanos, participando, sempre que possível, de decisões legislativas sobre o assunto e oferecendo diversos serviços.

Vanessa é autista e disléxica, mãe de dois filhos, e também historiadora e mestranda em políticas públicas na UFPR. A pesquisa foca na população em situação de rua e, a partir disso, Vanessa ministra palestras e cursos sobre o tema, com especial atenção para a problemática do roubo de bebês de gestantes e mães nessas condições. Ela também é titular do  Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua (Ciamp-Rua).

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