Sala Aberta do MAC promove interação entre artistas e visitantes

A partir do dia 3 de abril, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná vai apresentar um novo projeto a partir da construção de um espaço para situações artísticas em uma de suas salas. O MAC Paraná, que ocupa temporariamente parte do Museu Oscar Niemeyer (MON), promove a chamada Sala Aberta , de abril a julho deste ano, na Sala 09. Em três períodos, relativos à permanência de dois artistas e um coletivo convidados, o espaço será o ateliê de Rimon Guimarães, do Coletivo Brutas e de Nicholas Steinmetz. 

Cada artista ou coletivo, em sua respectiva fase, ocupará a Sala Aberta para criar e apresentar seus trabalhos. O projeto proporciona um espaço dinâmico e relacional de práticas contemporâneas, onde artistas convidados podem desenvolver processos criativos e produzir novas obras, performances e atividades educativas.

A partir da relação com a sala do museu e sua estrutura, os artistas estarão em contato direto com os setores que compõem o MAC Paraná, especialmente o Setor Educativo. Trata-se de uma proposta de constante transformação e interação com o espaço, as obras serão construídas ao mesmo tempo que acontecem as visitas à sala de exposição.

As quartas-feiras, também acontece uma série de atividades interativas para os visitantes da sala. Este dia da semana foi escolhido por oferecer acesso gratuito ao MAC no MON a todos os públicos.

Coletivo Brutas

De 3 de abril a 1º de maio o Coletivo Brutas, ocupa a sala aberta. O coletivo é formado por mulheres curitibanas e surgiu em 2016, com Erica Storer, Estelle Flores, Gio Soifer, Jéssica Luz e Pac Calory. Ao longo de sua trajetória, o coletivo produz uma série de instalações, publicações independentes e performances em arte contemporânea. A experiência primordial das Brutas é forjada por meio da memória compartilhada de suas artistas, uma narrativa que se constrói sob múltiplas perspectivas.

Rimon Guimarães

O artista curitibano Rimon Guimarães ocupa a sala aberta de 1º de maio a 5 de junho. Guimarães iniciou sua jornada artística com lambe-lambes e colagens. Posteriormente, expandiu seu repertório de expressão artística para incluir pintura, desenho, gravura, fotografia, vídeo, instalações, performances e áudio. Suas obras, que exploram temas de urbanização, acessibilidade e mídias contemporâneas, são reconhecidas dentro e fora do Brasil. Guimarães é particularmente conhecido por seus murais coloridos, com trabalhos espalhados por mais de 27 países, incluindo Malásia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Bélgica, Bielorrússia e Síria.

Nicholas Steinmetz

Nicholas Steinmetz, artista paulistano, ocupa a sala aberta de 5 de junho a 3 de julho. O artista passou grande parte da vida em Curitiba. Nicholas iniciou sua carreira artística em 2016, dedicando-se à criação de histórias em quadrinhos e publicações independentes. Atualmente, por meio de pinturas e desenhos, ele desenvolve um imaginário próprio, povoado por figuras que exibem uma virilidade além do comum. O artista investiga temas como gênero, sexualidade e as complexas estruturas sociais, entrelaçando-os com a exploração de sua própria identidade como homem transgênero.

Seleção de estudantes

Na intenção de estimular a formação e a produção poética de novos artistas, o projeto também abrirá uma seleção para que três estudantes de Artes acompanhem os processos criativos da Sala Aberta, junto aos artistas e a equipe educativa do museu. Com o apoio da Associação de Amigos do MAC (AAMAC), o MAC Paraná oferecerá uma ajuda de custo no valor de R$800 a cada estudante selecionado. Esta iniciativa permitirá que eles compartilhem e refinem suas pesquisas em poéticas visuais, lado a lado com os artistas convidados durante o período de um mês. As inscrições devem ser feitas online (aqui) até 21 de março.

Serviço

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