A 5ª edição da Mamute Feira Gráfica é neste sábado (18), das 11h às 20h, no estacionamento da Câmara Municipal de Curitiba e parte da Praça Eufrásio Corrêa. O evento é gratuito e tem participação de mais de 170 expositores de artes gráficas, criatividade e literatura, do Brasil, Argentina e Uruguai, além de programação com discotecagem e shows ao vivo, exposição, intervenção artística em live painting (pintura ao vivo), espaço para crianças e gastronomia.
A Mamute nasceu em 2018, em um período de crise política e de resistência artística. Segundo a gestora cultural e jornalista Ana Hupfer, idealizadora e diretora da feira diretora, o projeto surgiu como uma expressão autoral, uma iniciativa que veio do desejo de resgatar a tradição gráfica das extintas bienais gráficas, algo pulsante na cidade por volta dos anos 70. “Criamos o projeto juntando a vontade de ocupar a rua com arte e a necessidade de retomar o espaço de Curitiba no mapa das grandes feiras gráficas do país.”
“Estar junto”
Ao longo dos anos anteriores, o evento mostrou seu potencial. Em 2022, por exemplo, foram seis mil visitantes, número que comprova o reconhecimento da feira como fomentadora da economia criativa, promovendo a aproximação com o consumidor e parcerias importantes entre artistas, editoras e marcas. “O desejo da Mamute é experimentar e criar um novo ‘estar junto’, por isso ‘acreditar no que nos une’ é o nosso lema”, diz Hupfer ao explicar que a arte promove o debate e a inclusão, além de reinventar o olhar para a sociedade.
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Na primeira edição, a expectativa era reunir 40 expositores para testar o formato da Mamute. Contudo o número de interessados foi maior que o dobro, a organização precisou mudar a estratégia traçada e buscar um outro local com porte maior para o evento. “A Mamute já nasceu grande, por uma demanda da cena criativa”, fala a diretora.
Os expositores de fora da cidade já apareceram nessa época. A partir de então, a feira contou com participantes de mais de 10 estados brasileiros e de outros países, como Uruguai, Argentina, Irlanda e Itália. Neste ano, além dos artistas de Curitiba e da Região Metropolitana, estão presentes representantes de mais 30 cidades e 10 estados diferentes, e ainda argentinos e uruguaios. Entretanto, Hupfer destaca a identidade local forte e viva na iniciativa: “Mantemos uma proporção de 70% de expositores de Curitiba e 30% de outras cidades.”
A Mamute é delas
A feira tem em seu DNA a potência do feminino, é idealizada e produzida por mulheres. Esse protagonismo marcou os desafios enfrentados ao longo do caminho e imprimiu a voz delas nos resultados, nos ecos ouvidos pela cidade. “É natural que a gente queira a Mamute como uma plataforma de valorização, não só do trabalho de mulheres artistas e criativas, como das mulheres trabalhadoras da cultura; nossa equipe de produção, curadoria e comunicação é majoritariamente formada por mulheres”, fala Hupfer.
Essa também é a motivação para a feira abrir espaço para causas sociais que priorizam as mulheres, neste ano, estão presentes os coletivos Igualdade Menstrual, Luzia e o Rock Camp Curitiba. As minas também tomarão conta da praça com uma exposição de live paintings (pinturas ao vivo) assinadas por Ana Matsusaki, Ju Maia, Malva Studio, Carol Lemes, ZAFA e Dpaula. A ação é uma parceria com o projeto “Lute Todos os Dias”, da artista visual Cris Pagnoncelli, que reúne artistas mulheres para ilustrar um calendário impresso (o lucro das vendas dos calendários e o cachê das artistas, será doado para instituições sociais).
Novidades da Feira Mamute
O acervo dos expositores deste ano deve agradar, com diferentes trabalhos autorais de pequena ou limitada tiragem, artigos mais artesanais do que industriais e itens de grande valor artístico. Além disso, o grupo atende ao desejo da organização de criar um novo ‘estar junto’. “A curadoria colocou diferentes gerações de artistas lado a lado”, explica a idealizadora do evento ao falar sobre o trabalho cuidadoso e da visão plural dos curadores.
A programação também foi ampliada com a entrada de shows musicais de artistas da cena local, instalações visuais, lançamentos de livros, opções da gastronomia local e um espaço especial para as crianças com brincadeiras e práticas artísticas. Ainda segundo Hupfer, as novidades foram pensadas para atender aos desejos do público: “As pessoas que vão à Mamute são de diferentes faixas etárias, desde jovens interessados em arte até famílias com crianças, e todas querem viver experiências culturais.”
Mamute – Feira de produção gráfica, literária, artesanal, e autoral
Neste sábado, 18 de novembro, das 11h às 20h, no estacionamento da Câmara Municipal de Curitiba e Praça Eufrásio Correia. Entrada gratuita para o público. Outras informações no Instagram e no Facebook do evento.
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