Exposição do Grupo Lata é prorrogada no Solar do Barão

Com curadoria de Hélio Leites, a mostra tem acervo de obras com materiais retirados de entulhos e dos fundos das gavetas

A exposição do coletivo Lata – Laboratório de Trocas Afetivas, no Solar do Barão, foi prorrogada até o dia 21 de outubro. Com trabalhos assinados por Osires Boltão, Rogério Aquino, Silvia Milani e Kayanna Polichuk e Nego Lando, a mostra tem como curador o artista plástico Hélio Leites. 

Influência de Hélio Leites e Efigênia Rolim

E ninguém melhor do que ele para estar na seleção e organização desse acervo, pois os integrantes do Lata utilizam em suas criações materiais retirados de entulhos e descartáveis, e também esquecidos no fundos das gavetas. Leites e Efigênia, por sua vez, ganharam destaque com a produção de arte usando sucata como matéria-prima, recentemente trabalhos da dupla chegaram ao Museu Oscar Niemeyer (MON), na badalada exposição “Os Significadores do Insignificante”. 

Há uma forte identidade entre o coletivo e a dupla, conforme explica a jornalista e escritora Dinah Ribas Pinheiro. Além de ser muito próxima do curador, ela foi a responsável pela ponte com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) que resultou na entrada da mostra no Solar do Barão. “Os artistas do grupo Lata poderiam ser considerados irmãos na arte da nossa querida Efigênia, pela proposta de criarem trabalhos com material reaproveitado”, diz a jornalista. 

Osires Boltão

A lata também é a matéria prima escolhida por este artista para modelar brinquedos e objetos do cotidiano. Segundo o curador da exposição, felizes são as crianças que conhecem os aviões e carros feitos por Boltão, objetos que divertem sem pedir pilhas, controles ou telas. “As peças voadoras do artista latoeiro são um convite ao movimento e ao sonho”, fala Leites.

Silviah Mariah Milani

Esta artista cria mandalas misteriosas e instalações feitas com objetos que seriam considerados dispensáveis aos “olhos das pessoas normais”, os quais se transformam em peças de reflexão sobre os conflitos humanos em suas obras. É uma criadora que deixa clara a chegada da arte em sua vida para ajudar a cicatrizar feridas internas. 

Rogério Aquino 

É um mágico dos descartáveis que nasceu em Curitiba, em 1966, e considera as ruas, escolas e praças sua galeria, onde “há pessoas com urgência em voltar a sonhar”. Suas obras elevam o lixo à arte, reciclando materiais e também intenções.

Naja Kayanna Polichuk

Esta artista plástica se classifica como encantadora de objetos e palavras, é também professora, escritora e poetisa. O seu olhar busca expor sentimentos e discutir percepções a partir do que ninguém mais quer: a tampa de caneta, pincéis velhos, chaves, e muito mais. 

Nego Lando

Objetos descartados pela sociedade unidos com elementos naturais como barro, folhas, galhos e pedras, estão presentes nas obras deste artista. Suas propostas giram ao redor de conquistar harmonia e reconstruir, para então representar o mistério maior. 

Exposição do coletivo Lata

Com os artistas Osires Boltão, Silviah Mariah Milani, Rogério Aquino e Kayanna Polychuk e Nego Lando. Entrada Gratuita. 

Local: Sala Gilda Belkzak – Solar do Barão (rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533). 

Horário de Visita: Segunda a sexta-feira: das 9h às 12 h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados das 12h às 18h.

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