A programação do Cine Passeio desta semana é de lamber os beiços. Nesta quinta-feira (19), o cinema exibe Mateína, uma comédia uruguaia em que a erva-mate é a protagonista; já no sábado (21), a telona recebe documentário “De lá pra cá”, dedicado aos costumes culinários de dez imigrantes, de oito países, que moram em Curitiba.
Saiba mais abaixo.
Mateína
Este road movie imagina um Uruguai do futuro em que a erva-mate é proibida. Para salvar a identidade de seu povo, dois vendedores ilegais iniciam uma viagem rumo ao Paraguai para contrabandear e
salvar o consumo da erva.
Vencedor dos prêmios de melhor filme e ator do 12º Festival de Cinema da Fronteira exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, “Mateína – A Erva Perdida” chega à Sala Luz do Cine Passeio nesta quinta-feira (19) às 18h15.
Coprodução entre Uruguai, Brasil e Argentina, a comédia marca a estreia de longas da dupla uruguaia Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala Richero.
“O filme surge como uma busca pela ficção científica, perguntando-nos como seria o nosso ambiente se mudássemos algo fundamental no cotidiano”, explicam os diretores.
O questionamento: o que aconteceria se a erva-mate fosse proibida? “Esse costume, que vem dos índios Guarani, está presente em todas as esferas da sociedade uruguaia e é algo que nos caracteriza como povo”, avalia a dupla.
Antes da estreia do filme, às 17h, será realizada uma roda de mate gratuita, oferecida pelas empresas Matten’Roll e Matte in Box, juntamente com o café Coffeeterie, no Cine Passeio. A entrada custa R$ 20 (inteira), mas se você levar sua cuia da marca Matteinbox ganha um ingresso.
Serviço
Cine Passeio, Sala Luz, quinta-feira (19) às 18h15min. R. Riachuelo, 410 – Centro, Curitiba. www.cinepasseio.org.
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De Lá Pra Cá – histórias para ver, ouvir e comer
Neste sábado (21), às 10h, o Cine Passeio exibe o documentário “De Lá Pra Cá – histórias para ver, ouvir e comer”, de Gustavo Castro, Juliana Sanson e Luciano Coelho, que conta a trajetória e a relação com a comida de dez imigrantes de oito países que moram em Curitiba. A entrada é franca.
A data também marca também o lançamento do livros do mesmo nome, de Isadora Hofstaetter e Luciana Patricia de Morais, com fotografias de Ricardo Perini. Os livros serão distribuídos gratuitamente.
O livro apresenta lembranças e receitas culinárias de dez pessoas vindas de oito países diferentes para Curitiba. São memórias e sabores vindos do Benin, Colômbia, Equador, Haiti, Japão, República Democrática do Congo, Síria e Venezuela.
Esta pequena coleção de histórias na forma de textos, fotografias e comidas afetivas tem o objetivo de despertar a sensibilidade para os fluxos migratórios contemporâneos, que compreendem as mais diferentes motivações para uma pessoa deixar sua pátria, inclusive a busca por refúgio.
Já o documentário reúne entrevistas que convidam a conhecer essas pessoas e suas vozes, contando um pedacinho de suas trajetórias, desejos, sonhos, encantos e desencantos. Ainda como parte do projeto, o projeto ofereceu 100 kits com livros infantojuvenis sobre a temática da imigração e do refúgio a escolas e bibliotecas públicas de Curitiba.
A bagagem que um imigrante traz consigo se relaciona, entre tantos aspectos, com sua origem e com as condições de sua partida da terra natal. Há algo, no entanto, que é compartilhado. Todo aquele que migra carrega em si fragmentos de lugares, sabores, relações sociais e familiares, enfim, tudo aquilo que lhe era conhecido até o momento em que se despediu de casa. Ao chegar, precisa criar raízes em terra estrangeira, fazer do lugar do outro, seu lugar; construir novas memórias.
O livro pode ser baixado gratuitamente em PDF neste link. No mesmo site é possível ter ainda acesso às receitas dos migrantes e, após o lançamento no cinema, o documentário também será disponibilizado.
Serviço
Sábado (21), às 10h. Cine Passeio – Rua Riachuelo, 410 – centro, Curitiba. Entrada gratuita. Instagram: @historiasdelapraca; www.cinepasseio.org
Sobre o/a autor/a
Quem consome drogas quer apenas ter a droga disponível. É até melhor que haja miséria, armas, falta de moradia, estupros, discriminação por cor de pele, perseguição lgbt, privatizações, tortura… porque quanto pior melhor, quanto mais o país estiver em ruínas mais var ter quem trafique e menos vai ter quem bata de frente com o comércio.