Como o consumo de vinho está mudando no Brasil: podcast discute as principais tendências

A enóloga Sandra Zottis comenta sobre a difusão dos vinhos em lata, as bag in box e os novos gostos dos apreciadores

A pandemia da Covid-19 impulsionou o consumo de vinho no Brasil, que há dois anos se mantém em patamares nunca antes atingidos. Além da quantidade, está mudando também a relação dos apreciadores com a bebida e o mercado vem se adaptando a essas demandas.

Para falar deste tema, o podcast Os Gastronautas recebeu a enóloga Sandra Zottis, sócia da importadora TDP Wines e professora do curso de sommelier e gastronomia do Centro Europeu, em Curitiba. O episódio foi ao ar nesta segunda-feira (30) e está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio nos links abaixo:

Spotify

Google Podcasts

Spreaker

ou no final deste texto.

A especialista comentou sobre o crescimento do consumo de vinhos em lata, associado a momentos mais informais como piquenique ou na praia, e a difusão do vinho bag in box que permite aos restaurantes ter à disposição na carta de vinho uma maior disponibilidade de rótulos em taça.

O bag in box torna mais fácil também o consumo em casa, já que vinho armazenado nessas embalagens dura até três meses após aberto.

O apresentador do Plural Andrea Torrente (esq.) entrevista a enóloga Sandra Zottis. Foto: Plural.

Zottis apontou também mudanças no gosto dos enófilos que estão deixando cada vez mais de lado vinhos estruturados, potentes, alcoólicos e amadeirados para experimentar vinhos mais leves, mais frutados, com mais tipicidade. Quando o assunto é uva, ela recomenda dar uma chance para a Cabernet Franc.

O contexto desta conversa é o crescimento do consumo de vinho entre os brasileiros. Em 2020, o consumo total foi de 501 milhões de litros, contra 383 milhões no ano anterior, segundo dados do Statista, Euromonitor e Nielsen. Em 2021, Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) estimou um consumo de 430 milhões de litros.

O consumo per capita atingiu 2,78 litros em 2020 e se estabilizou em 2,6 litros no ano passado. O número ainda é baixo quando comparado com outros países onde o vinho é parte integrante da culinária nacional como Argentina, Uruguai ou nações europeias, mas a tendência é de alta.

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