A pandemia da Covid-19 impulsionou o consumo de vinho no Brasil, que há dois anos se mantém em patamares nunca antes atingidos. Além da quantidade, está mudando também a relação dos apreciadores com a bebida e o mercado vem se adaptando a essas demandas.
Para falar deste tema, o podcast Os Gastronautas recebeu a enóloga Sandra Zottis, sócia da importadora TDP Wines e professora do curso de sommelier e gastronomia do Centro Europeu, em Curitiba. O episódio foi ao ar nesta segunda-feira (30) e está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio nos links abaixo:
ou no final deste texto.
A especialista comentou sobre o crescimento do consumo de vinhos em lata, associado a momentos mais informais como piquenique ou na praia, e a difusão do vinho bag in box que permite aos restaurantes ter à disposição na carta de vinho uma maior disponibilidade de rótulos em taça.
O bag in box torna mais fácil também o consumo em casa, já que vinho armazenado nessas embalagens dura até três meses após aberto.
Zottis apontou também mudanças no gosto dos enófilos que estão deixando cada vez mais de lado vinhos estruturados, potentes, alcoólicos e amadeirados para experimentar vinhos mais leves, mais frutados, com mais tipicidade. Quando o assunto é uva, ela recomenda dar uma chance para a Cabernet Franc.
O contexto desta conversa é o crescimento do consumo de vinho entre os brasileiros. Em 2020, o consumo total foi de 501 milhões de litros, contra 383 milhões no ano anterior, segundo dados do Statista, Euromonitor e Nielsen. Em 2021, Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) estimou um consumo de 430 milhões de litros.
O consumo per capita atingiu 2,78 litros em 2020 e se estabilizou em 2,6 litros no ano passado. O número ainda é baixo quando comparado com outros países onde o vinho é parte integrante da culinária nacional como Argentina, Uruguai ou nações europeias, mas a tendência é de alta.
Só faltou o texto completo desta conversar mas, valeu.