Um mimo de 11 anos – com 606 páginas…   

Como se sabe, mimo é um agrado. E aí, você é brindado com um exemplar de um livro pioneiro no jornalismo literário

Até a capa é, graficamente, desconcertante, fugindo do convencional: Truman  

                         CA  

                         PO  

                        TE  

                    Ensaios  

Editora LeYa, 2011, tradução Débora Isidoro, 1.ª reimpressão. Uma preciosidade, ou seja, algo raro, valioso. Onde conseguiu? Na RS Raridades, que fica na Rua Desembargador Otavio do Amaral, 149, próximo ao Hospital Evangélico, em Curitiba. Ou seja, algo bom, muito bom – e que não veio lá de Tibagi, terra amada do amigo Paulo Mercer, um leitor de primeira linha e de quem eu recebi o presente – ou presentão.  

São 606 páginas, com texto em corpo (tamanho das letras) bem pequeno, caso contrário, teríamos uma obra com 1.212 páginas, pelo menos…  

Do papel para as telas  

Truman Capote (1924-1984) foi escritor, roteirista e dramaturgo, o pioneiro do jornalismo literário. Sua obra de maior destaque, Bonequinha de Luxo, virou filme em 1961 – com a atriz Audrey Hepburn. Truman Capote (Truman Streckfus Persons) nasceu em Nova Orleans, capital da Luisiana, no dia 30 de setembro de 1924.  

Filho de pais separados viveu parte de sua infância na casa de parentes, no Alabama. Após sua mãe se casar novamente, com o industrial cubano Joseph Garcia Capote, Truman adotou o sobrenome do padrasto e foi para Nova York. Estudou na Trinity School e na St. John’s Academy.  

Um prodígio, já quando criança  

Pablo Picasso. Foto: reprodução.

E, na página 267, temos, entre outros, um perfil de Pablo Picasso – breves trechos:  

– Em 1981 nosso mundo, se ainda estiver em órbita, vai comemorar o centenário de Picasso. Nascido em Málaga, uma terra de figos e pedras e violões, foi uma criança prodígio que se manteve; isto é, permaneceu prodígio e criança, um homem habitado pela impaciência de um menino inquieto, pela curiosidade odiada pelo sistema. Aos 13 anos, seu pai, um rabugento professor de arte andaluz que produzia cartões com naturezas-mortas para a burguesia de Barcelona, deu ao filho sua paleta e seus pincéis e nunca mais pintou; essa foi, à sua maneira, a primeira conquista de Picasso.  

E ele seguiu espalhando pelos séculos pinturas com sua marca. Mesmo não tendo a maestria de um Matisse, nem a força de composição de um Georges Braque, Picasso conseguiu, conseguiu, com uma ousadia cheia de energia e uma coleção sem fim de surpresas inventivas, superar todos eles: ele é o vencedor.  

PS: mais uma vez obrigado pelo presentão.

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