Graça ao jornalismo plural, ele mesmo, há revistas semanais que merecem, depois da leitura, o cuidadoso destino de um livro, ou seja, a estante de obras – para ler, recomendar e guardar para futuras consultas. Caso da Carta Capital, edição 1235, de 23 de novembro de 2022, que estampa na capa uma manifestação bolsonarista, com foto de Tércio Teixeira/AFP eo título, em caixa alta: LOUCOS OU FASCITOIDES?
– Os radicais bolsonaristas converteram os quartéis em muros para suas lamentações.
E, no editorial (HERANÇA MALDITA), Mino Carta, depois de alfinetar a tal República de Curitiba, ela mesma, não deixa por menos:
– Insatisfeita com o resultado das recentes eleições, uma porção conspícua de eleitores invoca a proteção dos quartéis com ímpeto mussoliniano.
Nem morto nem enterrado
Breve volta no tempo: no ano passado, mais precisamente no dia 23 de novembro, a edição 2756 da revista ISTOÉ destacava em texto de Ricardo Kertzman:
– Não. O desejo pelo golpe não passou. Há coisas previsíveis e coisas altamente previsíveis. Os autoritários do bolsonarismo combalido, combalido, mas longe de morto e muito menos enterrado, invocam a proteção dos quartéis com o ímpeto mussoliniano.
E a Carta Capital, edição 1241, da semana retrasada, com o título A posse do líder, não deixa por menos. De Mino Carta:
– A posse do líder. Lula inicia seu terceiro governo buscando se livrar do entulho bolsonarista. A fuga de Bolsonaro propicia o feliz encontro de Lula com o seu povo.
E vale lembrar:
– A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.