“Energúmeno demente” – a que ponto chegamos 

Revista não poupa críticas e adjetivos a presidente “que se preocupa apenas com sua aventura pessoal e o país que se dane”

A Carta Capital desta semana dedica duas páginas ao editorial de Mino Carta, que estampa o título O povo abandonadoA larga maioria, a seu destino de ignorância e miséria. E chama o presidente de “energúmeno demente” – isso mesmo, energúmeno demente. “Por que o povo brasileiro o elegeu? Porque o povo brasileiro continua a ser a vítima de tanto descaso e tamanha irresponsabilidade por parte de uma minoria abastada, cujo interesse volta-se única e exclusivamente para sua aventura pessoal, e sem preocupação alguma com os destinos do país”.

Energúmeno demente? Certamente algum assessor palaciano vai achar que se trata de um baita elogio, tão baita que poucos, ou somente ele, fizeram por merecer tais palavras para o devido registro na história. 

A (lamentável) volta a 64 

Na quarta-feira, ao citar o golpe civil-militar de 1964, Bolsonaro não deixou por menos com o tom de ameaça: “A história pode se repetir”. E, como foi registrado, promoveu “inédita fusão de ato eleitoral e celebração cívico-militar” no dia 7 de setembro. E a revista traz o citado editorial. O texto é assinado por um jornalista dispensa apresentação, já que se trata de Mino Carta. E temos, no título: O povo abandonado – a larga maioria a seu destino de ignorância e miséria.  

Mino aborda o debate do dia 28 de agosto entre os candidatos das próximas eleições presidenciais pela Band e “que teve o mérito de nos oferecer o retrato do Brasil de hoje. Ali estavam dois amigos de longa data, pelos quais tenho o mesmo afeto, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva e o também candidato Ciro Gomes”.  

Energúmeno/demente… 

– Energúmeno? A palavra é utilizada para caracterizar uma pessoa como imbecil ou boçal, segundo o dicionário Michaelis

– Demente? Que tem um distúrbio mental ou sofre de algum tipo de demência. Ignorante, desmiolado ou louco. 

E vale ressaltar

Mino Carta dirigiu as equipes de criação de publicações que fizeram história na imprensa brasileira, caso de Quatro Rodas, Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ e, é claro, a Carta Capital, da qual é diretor de redação. E aí, na edição desta semana, cuja capa, com uma única e apropriada ilustração (uma montanha de dinheiro e um tanque de guerra) e, com título em caixa alta, O SONHO DO GOLPE – Liberdade de expressão? Não, os ricaços bolsonaristas investigados pela PF formam o núcleo financeiro da escalada autoritária.  

Apesar de sua postura crítica também ao governo Lula, Carta se posicionou firmemente contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, qualificado por ele como “o pior golpe que o Brasil sofreu” e tece acusações contra o juiz Sérgio Moro. 

PS: como diria um amigo, nada de novo no front

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