Por conta das tumultuadas eleições no mês passado, há quem tenha voltado no tempo – por 3 (bons) motivos: primeiro, a vitória arrasadora de Lula; depois, pelo urgente e definitivo descarte do Jair da gripezinha e, terceiro, pelo eficiente sistema de votação. Como se sabe, para acirrar ainda mais o ódio de alguns e fazer transbordar a alegria da maioria, Luiz Inácio Lula da Silva retorna novamente a Brasília. E é a primeira vez que um ex-presidente volta a ocupar pela terceira vez ao mais alto cargo do Executivo na história do país.
Tricampeão nessa disputa
Luiz Inácio Lula da Silva obteve mais de 60 milhões, trezentos e quarenta mil votos. No dia 1º de janeiro de 2023, assumirá o seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, tornando-se o político mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na história da República.
– A partir de 1º de janeiro de 2023 vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação.
Após a oficialização do resultado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, elogiou o sistema de apuração e disse que as eleições mostraram que os brasileiros confiam nas urnas eletrônicas e na justiça eleitoral.
Confiam, mas, com as exceções altamente previsíveis.
Pouco apreço pela democracia
E vale transcrever alguns registros, quando se trata, é claro, do jornalismo verdadeiramente plural:
– Jair Bolsonaro levou 44 horas para escrever um discurso que, supostamente, deveria ser o reconhecimento de sua derrota. Não conseguiu. Até porque não se pode exigir de alguém algo que a pessoa é incapaz de entregar. E para reconhecer a derrota, o atual presidente teria que ter um mínimo de apreço pela verdade e pela democracia.
– Depois disso, Bolsonaro é passado. Acabou o seu governo. Resta cumprir o aviso prévio. Agora, o que a democracia brasileira precisa é cuidar para que ele nunca mais volte. Amém. Rogério Galindo
– Bolsonaro terá de aceitar o resultado das urnas. Simples assim. Em outras colunas, disse e repeti que vencer eleitoralmente Bolsonaro é um passo importante e necessário, mas não suficiente para derrotar o bolsonarismo. Sua votação robusta e a eleição de inúmeros políticos alinhados são indícios de que não foi “a direita (que) surgiu de verdade em nosso país”; foi a extrema-direita quem subiu do esgoto político e mostrou a cara. Clóvis Gruner – historiador e professor do Departamento de História da UFPR.
Preservar a democracia, sempre
De Lula, em entrevista à revista ISTOÉ, antes do pleito. Com o merecido destaque:
– Eleição de Luiz Inácio Lula da Silva pode devolver a tranquilidade às instituições e garantir a preservação da democracia, ameaçada por Bolsonaro. O ex-presidente acena para uma frente ampla que reúna o centro e economistas do Plano Real. Seu eventual governo será uma oportunidade de reverter a perigosa escalada armamentista e restabelecer a preservação do meio ambiente, tirando o país do isolamento internacional.
PS: da revista ISTOÉ desta semana: eleição de Luiz Inácio da Silva pode devolver a tranquilidade às instituições e garantir a preservação da democracia, ameaçada por Bolsonaro. Reverter a perigosa escalada armamentista e restabelecer a preservação do meio ambiente, tirando o país do isolamento internacional.