Como evitar lesões de coluna em cães

Anomalia afeta a qualidade de vida e pode comprometer o sistema neurológico do cão

Os pets estão cada vez mais presentes na maioria dos lares brasileiros. Segundo dados da pesquisa Radar Pet 2021, divulgada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), 67,7% das residências do Brasil possuem ao menos um cachorro ou gato como animal de estimação. A pandemia impulsionou esse número, levando ao aumento de 30% no número de animais de estimação. Com isso, cresce também a preocupação com questões relacionadas ao bem-estar dos animais.

Na aquisição ou adoção de um animal de estimação, principalmente cães, é relevante pesquisar sobre as raças específicas, seja para viver em casa ou apartamento. Vale considerar também os possíveis problemas de saúde propensos da raça escolhida.

Buldogue Francês e Inglês, Boston Terrier e Pug estão entre as raças mais procuradas atualmente devido à sua personalidade. São cães de companhia amorosos e brincalhões. Por outro lado, podem apresentar problemas de coluna com maior frequência. Das alterações relatadas em literaturas especializadas, 7% estão relacionadas à hemivértebra, que é uma falha na formação da vértebra durante o desenvolvimento do cão.

Os tutores devem estar atentos a alguns sinais de alerta, como a perda do equilíbrio, paralisia dos membros inferiores, incontinência fecal e urinária. Os sintomas mais graves são raros, mas, quando ocorrem, podem afetar o sistema neurológico do cão, sendo necessária uma intervenção cirúrgica. Para um diagnóstico assertivo é necessário realizar exames de imagem e uma consulta com especialista, seja ele fisioterapeuta ou neurologista veterinário.

Foi o que ocorreu com o Bruce, um buldogue francês de três anos. “Me vi em uma situação desesperadora quando cheguei em casa e meu cachorro estava se arrastando”, relata a tutora Juliana Bononi. Há um ano, o Bruce foi diagnosticado com a hemivértebra, mas sem a urgência de cirurgia. “Como a intervenção médica foi rápida, optei, por indicação da veterinária, pela realização de sessões de acupuntura e de fisioterapia”, explica Bononi.

Os tratamentos para hemivértebra costumam ser realizados por meio de terapias manuais e exercícios terapêuticos como massagens, acupuntura e laserterapia. A fisioterapia veterinária é indicada para traumas agudos e outras doenças, buscando o alívio da dor, a recuperação da mobilidade e o fortalecimento muscular, restaurando assim a confiança do cão.

De acordo com a médica veterinária e especialista em fisioterapia e reabilitação animal Fabiana Zanchin, pequenas mudanças no ambiente onde o cão vive também trazem resultado positivo para a reabilitação e evitam possíveis recaídas. Entre as medidas que podem ser adotadas estão evitar que o cão suba escadas e elevar os potes de comida e água. “É importante que o tutor realize esses cuidados no dia a dia, pois é essencial para uma recuperação saudável do animal”, alerta a veterinária.

Orientadora: Larissa Drabeski (professora)

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