Olavo, homenageado por Curitiba, é um dos responsáveis pela crise armamentista do país

Prefeito Rafael Greca precisa decidir se avaliza cidadania honorária a Olavo de Carvalho num momento de pânico com armas em escolas

No momento em que o país inteiro entrou em pânico com a ideia de pessoas armadas invadindo escolas e matando crianças, a Câmara de Curitiba pode homenagear um dos maiores responsáveis pelo caos armamentista no país. A cidadania honorária do falecido Olavo de Carvalho depende agora apenas do aval do prefeito Rafael Greca (PSD), que pode sancionar ou vetar o projeto aprovado pelos vereadores.

Olavo de Carvalho, autointitulado filósofo, defendia as armas acima de quase todas as coisas. Andava com rifles atirando em animais, fazia campanha pela liberação do porte e da posse de armas e transformou sua obsessão por armas de fogo em um dogma que contaminou seus milhares de seguidores.

O governo de Jair Bolsonaro (PL), impregnado pelo ideal olavista, facilitou a corrida por armas no país, disfarçando de CAC (Colecionador, atirador ou caçador) todo brasileiro que pagasse para entrar em um clube de tiro. Agora a lei está mudando er o país tende a voltar a um cenário menos apocalíptico, com o recenseamento de armas em curso e a redução do incentivo para a violência.

É nesse cenário que o prefeito Greca tem de tomar sua decisão. Afinal, não bastaria o homenageado ser misógino, homofóbico, antissemita e racista. Ainda precisava ter culpa na onda de crimes que preocupa o país.

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