Sabe aquele seriado que no começo parecia legal, todo mundo acompanhava e que lá pela oitava temporada degringolou geral? A Lava Jato está mais ou menos nesse nível, atualmente. Não foi exatamente cancelada, mas continua se arrastando com uma trama cada vez mais implausível e sem os mesmos índices de audiência.
Os últimos capítulos importantes de fato da operação foram publicados no Intercept – a Vaza Jato, na época, mostrou toda a maldade dos antigos protagonistas e basicamente colocou um ponto final na credibilidade de tudo que tinha acontecido antes.
Nos últimos dias, houve novidades. Um antigo protagonista, já há muito desprovido de seus antigos poderes, perdeu o último cargo que lhe restava. Foi fazer um ato de desagravo e foi seu protesto deu menos audiência do que A Voz do Brasil.
Depois foi um juiz que, fosse um um seriado, serviria como plot twist. Revertia todas as sentenças dos seus antecessores, fazia tudo o contrário do que era antes – e deu um certo toque cômico ao que antes era tragédia. A coisa ficou ainda mais inusitada quando o sujeito resolveu passar um trote no filho de um desembargador e, totalmente sem jeito para espião, acabou sendo pego no flagra.
Agora, a última novidade é que resolveram chamar alguém do elenco original para ver se a coisa vai. A substituta do juiz-espião é ninguém menos que Gabriela Hardt, aquela que em outros tempos plagiou boa parte de uma sentença de Sergio Moro. O que é duplamente curioso, já que as sentenças de Moro nem provas tinham – imagine quando aplicadas ao processo errado…