O caso de racismo ocorrido num posto de combustíveis no Boqueirão, em Curitiba, está oficialmente sendo investigado pela Polícia Civil. O delegado Nasser Salmen, do 7º Distrito Policial, abriu o inquérito e afirmou que o vídeo que circulou pela Internet, publicado pelo Plural neste fim de semana, já configura claramente o crime de injúria racial.
O homem que no vídeo chama o frentista do posto de “macaco”, “neguinho” e “nordestino dos infernos”, Marcelo Francisco da Silva, se apresentou nesta segunda (16) à delegacia. Aconselhado pelos seus advogados, preferiu ficar em silêncio. A defesa afirmou que ele poderá se pronunciar no decorrer das investigações.
À rádio CBN Curitiba, o advogado Raphael Nascimento afirmou que seu cliente teria sido “provocado” antes das ofensas que aparecem no vídeo. E disse também que Marcelo Francisco enfrenta problemas com alcoolismo e drogas. “A bebida é a grande culpada”, afirmou o advogado, ressaltando que isso “não justifica” o que seu cliente fez.
Embora tenha comparecido à delegacia, e apesar de o crime estar configurado, Marcelo não ficou detido e responderá pelo crime em liberdade. O delegado responsável pelo caso disse que, além de ouvir os envolvidos, pedirá imagens das câmeras do posto para entender a situação desde o começo.