Câmara derruba liminar e deve julgar cassação de Renato Freitas nesta terça

Justiça considera que corregedoria provou falsidade de email contra vereador

A Câmara de Curitiba conseguiu derrubar a liminar judicial que impedia o julgamento de Renato Freitas (PT) no processo que pede a cassação de seu mandato. Com isso, o presidente da Câmara, Tico Kuzma (Pros), agendou sessões extraordinárias para essa terça (21) e quarta (22) para realizar a votação.

O processo contra Renato Freitas foi interrompido depois da votação do relatório no Conselho de Ética. Os integrantes da comissão aprovaram por cinco votos a dois o relatório de Sidnei Toaldo (Patriotas) pela cassação. A CCJ, a quem a defesa recorreu, manteve a decisão.

A defesa de Renato Freitas conseguiu suspender a sessão de julgamento ao entrar na Justiça alegando que havia motivos para colocar o autor do relatório sob suspeição. Um email racista enviado para Renato Freitas teria partido supostamente da caixa oficial de Toaldo na Câmara. A Justiça mandou que o caso fosse investigado antes de dar prosseguimento ao processo por quebra de decoro.

Agora, a Corregedoria da Câmara diz ter provado que Toaldo não foi o autor do email, que teria partido de um serviço na República Tcheca usado para forjar emails com endereço de remetente falso. A juíza Patrícia Bergonse, da 5ª Vara de Fazenda Pública, ainda pediu que fossem anexados documentos do Serpro para comprovar a conclusão da corregedora Amália Tortato (Novo).

Agora, em tese, nada impede o julgamento. Com isso, o presidente da Câmara pretende que o plenário decide se acolhe ou não o pedido de cassação. No entanto, sabe-se que a defesa tem outras cartas na manga, como por exemplo a alegação de que o prazo decadencial do processo já expirou, o que levaria obrigatoriamente ao arquivamento.

Renato Freitas é acusado de quebra de decoro por entrar na Igreja do Rosário durante um ato antirracista em 5 de fevereiro deste ano. A Cúria da Igreja Católica afirma que não houve danos ao local e que considera a pena de cassação exagerada, no entanto alguns vereadores ligados às igrejas evangélicas insistem na punição máxima para o petista.

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima