Para as mães do nosso país!

O dia das mães é um evento que acontece em várias partes do mundo e tem como intuito celebrar o amor e o carinho de todos às mães. No Brasil, a comemoração é celebrada no segundo domingo do mês de maio. Nesse dia, é comum as pessoas oferecerem presentes às suas mães e enviarem mensagens de amor. Essa celebração teve origem na Grécia e Roma Antiga, mais precisamente nas festas primaveris. Nesses eventos aconteciam os cultos de adoração às divindades que representavam as mães, como as Deusas Reia, mãe dos deuses, ou Cibele, a Deusa mãe romana. Com o passar do tempo, essa celebração foi crescendo e adquirindo lugar de destaque nas datas comemorativas, sendo festejada em quase todas as partes do mundo, em diferentes épocas.

Como comemoramos as mães e seus esforços, deveríamos procurar entender outras vivências de mães que geralmente não são tão representadas, especialmente aquelas de periferias que compõem 7 de 10 mães em nosso país, a maior parte delas, são mães solo. Sabemos que mesmo sendo uma coisa comum, aproximadamente 40% do lares brasileiros são chefiados por mães solos, essas mães não tem total apoio da sociedade, ainda mais levando em consideração as poucas conquistas que tiveram em muitos anos, por exemplo a licença maternidade, minha avó conta que na época dela, teve no máximo um mês para cuidar da minha mãe.

Hoje a licença maternidade é um pouco mais digna, mas especialmente para mães periféricas as dificuldades de retorno ao trabalho ainda são muitas! Por exemplo, a falta de vagas e creches no município. Conversamos com a  Alisandra Frese, coordenadora da creche Cmei Pinóquio em Colombo, município da região metropolitana de Curitiba. Ela comenta que tendo trabalhado sete anos com educação infantil, quatro deles sendo em cargos de gestão com formação em psicopedagogia, especialista em educação inclusiva, gestão de pessoas e gestão pública, ela pode nos providenciar uma clareza quanto a situação das mães da periferia. Essas mães são bem diversificadas, para essa entrevista decidimos focar um pouco nas mães adolescentes, que, de acordo com ela, compõem 2% das mães do cmei. Com isso podemos ver que essas mulheres estão presentes em nossas vidas e precisamos pensar como elas têm dificuldade em retomar sua vida em sociedade, seja na educação ou em sua carreira profissional. 

Meu olhar para esse dia das mães é especialmente para essas mulheres que vivem nessa vulnerabilidade social, que vivem à margem da nossa sociedade, que lutam diariamente, pela sua sobrevivência e a de seus filhos.  E desejo no profundo, direto do meu coração, é que essas e todas as mulheres, tenham o direito de uma vida digna, que possam realizar o seus sonhos, que as políticas públicas possam estar voltadas à elas, que PRECISAM estar inseridas de uma maneira respeitosa, que todas as mães merecem!    

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