HQs de produções audiovisuais: dá certo?

Recentemente, me deparei com novidades sobre a HQ que está sendo feita pelo autor Paul Dano sobre o personagem Charada. Para os que não sabem, o grandíssimo ator é um dos destaques ao fazer o vilão do filme do Batman de Matt Reeves, lançado no início deste ano. Sa interpretação ficou muito marcada – assim como o longa – e, por isso, o escolheram para escrever uma trama específica do personagem. Fato é que na San Diego Comic Con de 2022, a DC trouxe uma prévia de “Riddler: Year One”. Os desenhos ficarão a cargo de Steven Subic.

Com isso, me veio novamente o debate frequente de quadrinhos lançados com base no sucesso de alguma produção televisiva ou cinematográfica. Além desse exemplo, recentemente outros lançamentos chamam atenção, como o do novo filme de “Space Jam” e mais uma rememorização da série dos anos 1960 do Batman. Se for pegar apenas os heróis, o que não faltam são exemplos, como as adaptações dos longas “Batman Begins”, “Demolidor”, “Darkman”, “Elétrica”, “Quarteto Fantástico” e mais.

De todo jeito, esses lançamentos tem um objetivo claro e cristalino: vender. E não há qualquer julgamente nesse sentido, já que roteiristas e desenhistas são contratados e ganham para dramatizar essas histórias no universo da nona arte. O problema é, em grande parte dos casos, falta algo próprio, original, Elas apenas funcionam como um grande transporte de um lado para outro, sem objetivo algum. No Brasil, parecem vender bem pouco e, por isso, a grande maioria não aparece por aqui. Entretanto, a curiosidade ainda traz uma vontade do público de acabar querendo consumir mais essas tramas.

Com base nisso que “Riddler: Year One” poderá se destacar. Ao tentar se colocar como algo a parte – mesmo que ainda conectado com o material original das gravações -, ela parece querer construir algo diferente, ao menos. Além disso, impossível também confiar no trabalho de Paul Dano, que pesquisou intensamente sobre o personagem. Tomara que não seja siga a tendência frequente desse tipo de HQ recente e, pelo menos, tenha algo para chamar de seu.

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