Em Araucária, em Palmital, zona rural da cidade, o produtor Josimar Cubis é um dos que começou a cultivar lúpulo, insumo essencial para a produção de cerveja. O Paraná, que já é o maior produtor de cevada do Brasil, agora também pleiteia espaço entre quem produz lúpulo.
Na propriedade de Cubis, na região metropolitana de Curitiba, há 400 plantas e a colheita está em andamento. A expectativa é que sejam retirados de 40 a 50 quilos do produto já desidratado. O destino: cervejarias do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
A produção de lúpulo na propriedade começou em 2021 e ainda há ajustes para serem feitos, como distância entre as plantas, ataques de fungos etc. Nesse sentido, pesquisas da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) subsidiam os agricultores com estudos específicos sobre a planta.
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Um dos trabalhos mais destacados é entre o professor Sérgio Ruffo, do Departamento de Agronomia da UEL, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do professor Alessandro Sato, em Palotina, no Oeste do Paraná, com apoio de agências financiadoras, como o CNPq, do Governo Federal.
“Não tenho dúvidas em relação às boas perspectivas para o Paraná, tanto que estamos ampliando o espaço de pesquisa”, afirma Ruffo. “Não é mais sonho, já é realidade”.
Segundo o professor, as cultivares de lúpulo existentes no Brasil vêm dos Estados Unidos e da Alemanha. Nos experimentos que a UEL e a UFPR fazem há cinco anos em Palotina estudam-se cerca de 20 variedades disponibilizadas por três viveiros, um no Rio de Janeiro e dois em São Paulo. “São cultivares mais produtivas, mais conhecidas e estamos fazendo trabalho de adaptação, procuramos selecionar as mais produtivas para as condições do Paraná”, diz.
(Da Agência Estadual de Notícias)