Johnny Hooker aquece Curitiba com encerramento da turnê Coração

De nada adiantaram os assentos marcados na plateia da Ópera de Arame, ou a grade que separava o camarote dos demais lugares: antes mesmo que Johnny Hooker surgisse no meio do palco do teatro, o público já o aguardava de […]

De nada adiantaram os assentos marcados na plateia da Ópera de Arame, ou a grade que separava o camarote dos demais lugares: antes mesmo que Johnny Hooker surgisse no meio do palco do teatro, o público já o aguardava de pé. Nem o frio intenso dos arredores arborizados da Ópera, ou o atraso considerável da apresentação, desanimaram os espectadores, que dançaram e cantaram em coro sucessos como Alma Sebosa, Corpo Fechado e Touro.

Já passava das 23h30 quando o pernambucano adentrou o palco, trajando o primeiro dos quatro figurinos da noite: um macacão de paetês pretos, adornado por formas e acessórios dourados. Extravagância foi a tônica da apresentação, seja pelos trajes chamativos ou pela performance de Hooker sob os holofotes.

Os gritos extasiados surgiam ao início de cada música, nos comentários do cantor ao longo do show ou durante o tradicional beijo que a estrela protagoniza com o guitarrista, Felipe Rodrigues. A apresentação na noite de sexta-feira (7) integra a agenda de encerramento da turnê do álbum Coração, lançado em 2017.

Mesmo com assentos marcados, público assistiu ao show de pé / Foto: Giorgia Prates

Combinando com o estilo performático, e o ativismo político de Hooker, a banda curitibana Mulamba foi responsável pela abertura da festa. Marcadas por roupas e maquiagem vermelhas, e a já conhecida potência melódica de suas canções, o sexteto foi tão aplaudido quanto a atração principal.

“Ser artista no Brasil é um ato de resistência”, declarou Hooker em meio à sua apresentação. “Eles podem matar uma rosa ou duas, mas não podem deter a chegada da primavera”, salientou antes dos acordes iniciais de Escandalizar, canção que faz referência à ideia de “sair do armário”, já na reta final do show. O relógio marcava 00h59 quando Hooker deixou o palco sob as notas finais do bis Flutua, e de aplausos quase sem fim.

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