Associações que representam policiais militares do Paraná fizeram um evento na manhã desta quarta-feira para reclamar de um suposto descaso do governo Ratinho Jr. (PSD) com a categoria. Além da defasagem salaria, entrou na pauta a perda de poder da corporação dentro da Secretaria de Segurança.
Em geral, os coronéis da Polícia Militar se revezavam no comando da Secretaria (que por vezes também foi chefiada por gente do Ministério Público). Desde que chegou ao governo, porém, Ratinho nomeou por duas vezes gente do Exército para chefiar a pasta. O atual secretário é o coronel Rômulo Marinho Soares.
Segundo o deputado Coronel Lee (PSL), que representa a corporação na Assembleia, o pior no entanto foi a exoneração dos oficiais militares que assessoravam a secretaria. Seguindo ele, a representação da categoria nesses postos é importante porque só os próprios policiais militares compreendem as características da corporação.
Lee, em seu discurso, disse que seu gabinete na Assembleia se tornou “um muro das lamentações” nos últimos dias. E classificou como “afronta” e “ultraje” a decisão do governador de sancionar a exoneração dos oficiais da PM na secretaria.
De acordo com o coronel Altair Mariot, presidente da AMAI, associação dos PMs da reserva, em seis meses de governo Ratinho não cumpriu c om suas promessas de campanha com os militares. Embora a PM não possa fazer greve, o coronel diz que os policiais da reserva poderiam “engrossar o movimento” de greve junto com as demais categorias.