Da pré-história ao século 21, como a água atua no desenvolvimento das sociedades

O Museu Planeta Água tem visitação gratuita e aberta ao público em geral

Quem vive nos grandes centros urbanos, com água potável ao alcance de qualquer torneira, como em Curitiba, pode nem parar para pensar sobre como seria difícil ter uma sociedade distante de fontes de água. 

Por isso vemos nas aulas de História que as primeiras civilizações, localizadas no Oriente Próximo, em meio a desertos e terras áridas, se desenvolveram ao longo das áreas férteis, especialmente às margens de grandes rios, como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Jordão. 

Essas regiões já eram procuradas, ainda na pré-história, por diversas tribos que iam em busca de melhores condições de vida. Com o passar dos séculos, esses povos foram se fixando e aperfeiçoando a agricultura, o que levou às obras de irrigação para ampliar a possibilidade de produção de alimentos, sem que dependessem exclusivamente do ciclo natural de cheias dos rios.

De lá para cá

Desde então, as populações se multiplicaram exponencialmente e o que se constata atualmente é que a água está diretamente ligada ao desenvolvimento sustentável – conceito que envolve fatores econômicos, culturais, sociais e ambientais de uma sociedade. Dentro desse contexto, é fundamental que haja um ciclo sustentável da água, desde a captação e tratamento para distribuição, até o tratamento de esgoto, antes do lançamento nos corpos hídricos, garantindo assim a disponibilidade e a qualidade desse recurso para as futuras gerações.

Água social

O acesso à água potável e, consequentemente, ao saneamento básico, é uma das diferenças marcantes entre os países ditos desenvolvidos e os em desenvolvimento, uma vez que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais. 

Em regiões onde a escassez de água já atinge índices críticos, como nos países do Continente Africano, a média de consumo diário de água por pessoa é de 10 a 15 litros. Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável: um cidadão chega a gastar dois mil litros em um único dia. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), menos da metade da população mundial tem acesso à água tratada e 43% não contam com serviços adequados de saneamento básico.  

Gestão

Para explicar de que forma a gestão da água garante às sociedades o desenvolvimento econômico e social, o Museu Planeta Água, aberto ao público desde 1º de novembro, dedica um dos seus espaços ao tema. O museu é a primeira instituição pedagógica e cultural interativa destinada à temática água do Brasil e fica em um prédio de interesse histórico, onde funcionou a primeira estação de tratamento de água da capital paranaense. Dividido em vários espaços e cheio de recursos entre analógicos e interativos, são 1.300 m² que transbordam conhecimento e conscientização. 

O Museu Planeta Água tem visitação gratuita e aberta ao público em geral. A visitação de todos os públicos será realizada via agendamento prévio, no site museuplanetaagua.org.br

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