Crise hídrica fez curitibanos darem mais valor à água

A reação dos curitibanos à água mostra como as pessoas aprendem a valorizar a água na escassez

As barragens da região metropolitana chegaram a 100% da capacidade nos últimos dias, mas muitos curitibanos lembram como se fosse hoje o cenário de exatos dois anos atrás. Em novembro de 2020 o índice era de 26,7%, o mais baixo da história de medição das barragens que compõem o Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana.

Devido à crise hídrica, em agosto daquele ano, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) lançou a campanha Meta20, com foco na região metropolitana de Curitiba, que reúne 3,5 milhões de pessoas e foi a mais afetada pela seca em todo o estado. O objetivo era reduzir o consumo em 20%, meta alcançada em dois meses de campanha, fato que evitou o colapso do sistema e mudou os hábitos de consumo dos curitibanos que enfrentaram, em plena pandemia de Covid-19, a pior crise hídrica da história.

Com a campanha, veio a conscientização da importância da água e do quanto é possível fazer um uso mais racional dela, demonstrado pela manutenção da redução, mesmo após o fim da crise. Em julho desse ano, a campanha foi premiada em um concurso internacional e demonstrou que, passados dois anos, o índice de redução atual é de 15% em relação ao período anterior à estiagem.

Para ontem

O modo com que Curitiba reagiu em relação à necessidade de passar dias com privação de água serve como exemplo de como os seres humanos passam a valorizar esse recurso natural essencial à vida quando se dão conta do quão ele é escasso no mundo. Apesar de a água cobrir 71% do planeta, apenas 0,77% são potáveis e é para alertar sobre a importância da água para a manutenção da vida que o espaço “Água é Preciosa”, do Museu Planeta Água foi planejado. Sons, luzes, cores, formas e sensação de calor conduzem os visitantes a sentirem o que é estar sem acesso à água.

Aberto ao público

Instalado em um prédio de interesse histórico, onde funcionou a primeira estação de tratamento de água da capital paranaense, o Museu Planeta Água é o primeiro museu interativo destinado à temática água do Brasil e fica em Curitiba.

Dividido em vários espaços e cheio de recursos interativos, o museu recepciona os visitantes com uma réplica de esqueleto de baleia azul, medindo 23,5 metros – o tamanho real de um animal jovem, feita com 40 mil itens de embalagens plásticas, simbolizando o lixo que vai parar em oceanos, mares e rios.A visitação de todos os públicos será realizada via agendamento prévio, no site museuplanetaagua.org.br

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