Água gerando energia limpa: dos grandes rios até as casas

Com investimentos maciços em geração de energia hidrelétrica, o Brasil tem as usinas que ainda figuram entre as maiores do mundo

Acionar um interruptor e ver as luzes de casa se acenderem; abrir o chuveiro e desfrutar de um banho quente; colocar o celular para carregar. São ações cotidianas tão automáticas que nem pensamos em como aquilo foi possível. No Brasil, na imensa maioria dos casos, isso só se viabiliza pelo uso de nossos rios para geração de energia.

As energias eólica e solar começam a conquistar uma fatia do setor,  mas segundo o último relatório da GlobalData, ´Perspectivas do mercado de energia no Brasil para 2030 – Tendências de mercado, regulamentos e cenário competitivo´, divulgado no final do ano passado, a energia hidrelétrica continua respondendo pela maior parte da geração energética anual do país. Em 2020, a participação da energia hidrelétrica representava 63,4% do total; e a estimativa é de que em 2030 ela ainda represente mais da metade do setor, com 58%.

Natureza favorece

A instalação de barragens para a construção de usinas hidrelétricas começou ainda no final do século XIX, mas foi após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que a adoção de hidrelétricas passou a ser relevante na matriz energética brasileira.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil tem em operação 219 usinas hidrelétricas de grande porte (UHEs); 425 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 739 centrais geradoras hidrelétricas (CGHs). Com vários grandes rios, mudanças de altitude e altos níveis de precipitação, a natureza do país torna o Brasil um território ideal para geração de energia hidrelétrica e configura o terceiro maior potencial hidráulico do mundo, atrás apenas de Rússia e China. Está aqui no Paraná a hidrelétrica que mais gera energia no Brasil: a Usina Binacional de Itaipu é a maior das Américas e segunda maior do planeta.

Água e energia

A temática é uma das abordadas no Museu Planeta Água, aberto ao público desde 1º de novembro. No espaço ‘Água e Energia’ a interação ocorre com um globo de plasma, numa alusão às relações da água com a produção de energia elétrica e com o desenvolvimento da humanidade.  

O museu é o primeiro espaço interativo do gênero destinado à temática água do Brasil e fica em um prédio de interesse histórico, onde funcionou a primeira estação de tratamento de água da capital paranaense. Dividido em vários espaços e cheio de recursos interativos, são 1300 m² que transbordam conhecimento e conscientização.
O Museu Planeta Água tem visitação gratuita e aberta ao público em geral. A visitação de todos os públicos será realizada via agendamento prévio, no site museuplanetaagua.org.br

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