Podcast encara “Friday Black”, um exemplo perturbador de “black horror”

Rogerio Galindo fala sobre os bastidores da tradução dos contos de Nana Kwame Adjei-Brenyah, um dos nomes importantes da nova literatura americana

Negro e americano, filho de pai ganês, Nana Kwame Adjei-Brenyah diz que escreve ficção sobre temas políticos porque os Estados Unidos é uma casa em chamas e não há como escrever literatura sem falar do incêndio. Os contos de “Friday Black” falam de questões raciais, de absurdos que o sistema judiciário americano comete contra os negros e criticam o consumismo americano. Mas fala também de pais, mães e filhos, de uma realidade bizarra que é retratada como ficção, mas que parece só ligeiramente mais absurda que a realidade fora do livro. 

De certa forma, os contos de Adjei-Brenyah são um exemplo de “black horror” na literatura e têm um efeito semelhante ao de filmes como “Corra!” e “Nope”, de Jordan Peele.

Ouça “Episódio 55: "Friday Black", de Nana Kwane Adjei-Brenyah” no Spreaker.

“Friday Black”

Neste episódio do podcast “O que ler agora?”, Rogerio Galindo conversa com Irinêo Netto sobre o trabalho de traduzir “Friday Black” para a editora Fósforo e explica por que essa tradução foi um projeto bastante pessoal. A partir do momento que leu um dos contos de Adjei-Brenyah, Galindo passou a defender a ideia de publicá-lo no Brasil para várias editoras. Até que uma delas resolveu bancar a publicação. Essa história de bastidores também é abordada no podcast.

Livro indicado

“Friday Black”, de Nana Kwame Adjei-Brenyah. Tradução de Rogerio Galindo. Editora Fósforo, 224 páginas, R$ 69,90. Contos.

O que ler agora?

O podcast de livros do Plural está disponível em tocadores de podcast como Spotify, Deezer e Apple Podcast (e também embutido nos posts do site do Plural, aqui). Novos episódios chegam às plataformas todas as semanas. Ele é produzido com o apoio de oito editoras independentes: Aleph, Antofágica, Círculo de Poemas, Fósforo, Luna Parque, Mundaréu, Rua do Sabão e Tabla.

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