Sismec denuncia superlotação em UPAs de Curitiba

Secretaria de Saúde alega que demanda é causada por aumento de casos de algumas doenças, incluindo a dengue

O Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec) encaminhará, na próxima semana, ofício para a prefeitura para falar da superlotação nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) na cidade.

Segundo a presidente do Sismec, Raquel Padilha, nas últimas duas semanas o volume de pacientes aumentou tanto que a fila de espera por atendimento chegou a 200 pessoas na UPA do Boa Vista. “Neste momento entre os técnicos de enfermagem só havia 19 profissionais”, critica.

O aumento no número dos casos de dengue é um dos fatores da superlotação. Mas também, conforme o sindicato, há falta de mão de obra.

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No ano passado, de acordo com a própria prefeitura, 78 técnicos foram aprovados em concurso público. Todavia, nem todos foram chamados.

Isso, aliado ao número crescente de pacientes, provoca transtorno para trabalhadores da saúde e para pacientes que aguardam atendimento, que pode levar cerca 1h45 para ser iniciado durante a madrugada no Sítio Cercado – ou seja, a triagem, não a consulta com o médico, conforme relato de pacientes ouvidos pelo Plural.

Demanda

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou, em nota, que o monitoramento do sistema é constante e modulado conforme a demanda e os tipos de problemas.

“Neste momento, há um aumento de demanda e pressão no sistema causados pelos atendimentos de casos respiratórios, crises hipertensivas e de glicemia, e suspeita de dengue”, diz a nota enviada pela pasta.

Segundo a SMS em março de 2024, a média de pessoas atendidas nas UPAs foi de 4.285 por dia, um número 25% maior comparado ao mesmo mês do ano passado, mil pacientes por dia a mais do que foi registrado em janeiro.

“A SMS reforça à população para que procure as 104 unidades básicas de saúde ou a Central Saúde Já Curitiba, em casos leves ou não urgentes”, orienta a prefeitura.

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