Servidores da saúde entram em greve e montam acampamento em frente ao Palácio Iguaçu

Data-base da categoria é em maio e eles afirmam que não deixarão o local até que seja paga a reposição

Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindiSaúde) estão acampados em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, pedindo reposição salarial. A vigília foi montada na terça-feira (12), após ser aprovado o indicativo de greve durante assembleia da categoria na semana passada.

Os representantes do sindicato enviaram ofícios à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) pedindo uma audiência para negociar a reposição. Atualmente o estado possui 6.742 servidores lotados na pasta.

Segundo os grevistas, a última atualização salarial de acordo com a inflação ocorreu em 2016. Desde então, conforme o SindiSaúde, o governo concedeu 2% em janeiro de 2020 e mais 3% em janeiro de 2022.

“Queremos que ele [Ratinho Jr.] nos trate com respeito. Fomos a categoria que esteve na linha de frente durante o período mais grave da pandemia, perdemos vários colegas e não dá para continuar assim.”

Neiva Ione da Silva, coordenadora do núcleo da região metropolitana do SindSaúde.

Os servidores também querem o fim de contratações terceirizadas, pagamentos de quinquênios e anuênios retroativos e gratificações.

Por meio do site oficial, a direção do SindSaúde informou que “se compromete a manter todos os serviços de manutenção e suporte à vida”. Segundo a coordenadora do sindicato, Olga Estefania Duarte Gomes Pereira, a greve não trará prejuízo para a população.

“O atendimento de emergência mantém um contingente de equipe. Nos lugares que não têm urgência e emergência as pessoas farão operação padrão ou suspensão do trabalho”, explica.

Integrantes do sindicato prometem visitas aos locais de trabalho e, na próxima semana, deve haver uma estimativa da adesão à greve. Os servidores afirmam que não deixarão o Centro Cívico até que o governador Ratinho Jr. atenda as pautas.

Por conta do período eleitoral, o governador pode sancionar qualquer reposição salarial no máximo até 3 de julho, segundo rege a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ao Plural, a Sesa informou que “está monitorando a situação e não registra, até o momento, impacto nos atendimentos disponibilizados nas unidades próprias do Estado”.

Além disso, a secretaria também disse que está à disposição para manter o diálogo com as representações sindicais, “indicando os responsáveis técnicos com conhecimento para alinhar cada demanda pontualmente”.

A Casa Civil, por sua vez, lembrou que os servidores da saúde “tiveram reajuste salarial instituído no começo do ano e auxílio-alimentação no valor de R$ 600”.

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