PM de escola militarizada manda aluno cortar afro “para não parecer bandido”

Família, que pede para não ser identificada, denunciou caso de racismo à polícia

Uma família denunciou para a polícia um caso de racismo em uma escola cívico-militar ocorrido no Paraná. O nome da família e da escola não estão sendo divulgados a pedido da mãe da criança, que ficou com medo de retaliações.

O caso ocorreu na última sexta-feira (23), quando o policial que trabalha como monitor da escola sugeriu que um garoto negro cortasse o cabelo afro. Segundo ele, caso mantivesse o penteado o menino seria “confundido com bandido”.

“Isso é racismo. Não tem o que falar. Meu filho não é nenhum delinquente. Eu nunca fui ao colégio por uma reclamação sobre ele, por responder professor ou por bater em colegas. Pelo contrário. Se meu filho ver alguém brigando ele passa mal porque tem ansiedade, ele fica nervoso”, explica a mãe em uma declaração à APP-Sindicato.

A APP tem feito denúncias recorrentes de abusos por parte dos policiais que o governo Ratinho Jr. (PSD) colocou para cuidar das escolas cívico-militares. Já houve desde casos de assédio até violência física contra estudantes.

No caso de racismo registrado, a APP lembra que a orientação do Ministério Público Federal é para que as escolas jamais imponham padrões estéticos aos alunos.

“Para o MPF, a imposição de padrão estético uniforme aos alunos, quanto ao tipo de corte de cabelo, roupas, maquiagem e outros adereços possui impacto negativo desproporcional em indivíduos de grupos minoritários, marginalizados ou alvos de preconceito, como pessoas com cabelos crespos e cacheados”, explica o Ministério Público em nota.

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4 comentários em “PM de escola militarizada manda aluno cortar afro “para não parecer bandido””

  1. O Pm amigo, foi infeliz na sua colocação, no meu modo de entender e na realidade que vivemos, ele quis aconselhar pelo bem do menino, eu aceiraria o conselho.

  2. É uma pena este episódio, até porque a Corporação PM é composta por várias Étnicas e por óbvio Negros os quais certamente tem filhos que tem cabelos em diversos estilos, quero crer que seja um caso isolado e o autor seja punido ( de preferência com a perda desta ” boquinha” criada pelo Governador.

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