O Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), divulgou nesta semana dados sobre as mortes em ações de segurança pública no Estado. Curitiba lidera o ranking e no Paraná mais de 54% dos mortos eram negros ou pardos.
Os dados são relativos ao primeiro semestre deste ano. Em números gerais houve 156 mortes ocorridas em situações em que policiais militares estiveram envolvidos e duas envolvendo Guarda Municipal, uma delas em Curitiba.
Deste montante, 79 pessoas mortas era pardas, ou seja, 50%. Outras 7 eram negras (4,4%) e 72 (45,6%) brancas.
Idade
A maioria das pessoas mortas em ações dos agentes de segurança era jovem e tinha entre 18 e 29 anos. Nesta faixa etária foram registrados 87 óbitos nos primeiros seis meses do ano.
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Na sequência, 56 mortos tinham entre 30 e 59 anos. Três mais de 60. Também houve adolescentes mortos em situações envolvendo forças de segurança: doze pessoas tinham entre 13 e 17 anos, de acordo com o relatório do Gaeco.
Redução
Apesar disso, houve redução na letalidade das polícias e guardas municipais no Paraná. De acordo com o Ministério Público do Paraná a queda é de 37,8% em comparação com o primeiro semestre de 2022 e de 32,5% em relação ao segundo semestre de 2022.
Assista a entrevista no procurador do Gaeco, Leonir Batisti, na íntegra: