Outubro Rosa: diagnóstico e alternativas de tratamento

Depois de diagnosticar a identificar qual o subtipo do câncer mama, os médicos avaliam qual o tratamento mais adequado para cada paciente

Durante a campanha do “Outubro Rosa” o número de mulheres que realizam exames necessários para rastrear e identificar possíveis sinais do câncer de mama cresce e após o diagnóstico é hora de se iniciar o tratamento.

Em 2022, segundo o Observatório da Atenção Primária à Saúde, 543 mulheres estavam sob tratamento de câncer em Curitiba. A médica oncologista e professora da PUC-PR, Maria Cristina Figueroa Magalhães, explica que atualmente existem diversas formas de tratamento para a doença. “Se o tumor é inicial e localizado na mama, a tendência é realizar o tratamento cirúrgico primeiro para depois avaliar a necessidade de um tratamento complementar. Caso seja um tumor avançado localmente, a tendência é começar com a quimioterapia para reduzir a lesão e depois ir para cirurgia,” explica.

A oncologista ressalta que, antes de se iniciar o tratamento, é necessário identificar qual o ‘sobrenome’ do câncer. “Uma vez feita a biópsia, sabemos se é câncer ou não e de onde vem essa célula cancerígena. Depois de saber se é um câncer de mama, eu preciso saber do que esse tumor se alimenta, o que eu costumo chamar de sobrenome do câncer,” diz.

Tratamento

A identificação do subtipo do câncer é realizada por meio do exame chamado imuno-histoquímica, realizado a partir do material coletado na biópsia. O resultado da imuno-histoquímica, combinado com a avaliação do estágio da doença, indica qual o tratamento mais apropriado para cada paciente oncológico. Existem alguns subtipos do câncer de mama, entre eles o Luminal A, Luminal B, HER2 positivo e Triplo-Negativo.

Leia também: Outubro Rosa: como mulheres podem cuidar da saúde das mamas

Rosangela Machado, de 58 anos, descobriu o câncer no fim do ano passado e iniciou seu tratamento no início de 2023. Ao todo foram 16 sessões de quimioterapia que se encerram em junho deste ano. “A pior parte do tratamento foram as sessões de quimioterapia, mas eu falo que foi um mal necessário,” diz. 

Machado acredita que o apoio de seus familiares, amigos e colegas de trabalho foi essencial na sua recuperação. “Eu sou muito sortuda, meus filhos sempre estiveram ao meu lado. O amor da minha família e o apoio das pessoas me ajudaram na minha recuperação,” afirma.

Em Curitiba, a Associação Amigas da Mama (AAMA) presta apoio psicológico e jurídico de forma gratuita para mulheres que estão sob tratamento de câncer. A associação funciona de segunda a quinta-feira, das 14h às 17h, na Av. Pres. Getúlio Vargas, 3653. A associação pede que as mulheres interessadas no projeto agendem sua visita à sede.

Confira a entrevista completa com a médica oncologista e professora da PUC-PR, Maria Cristina Figueroa Magalhães.

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