No meio da crise hídrica, governo suspendeu sistema de meteorologia. Fruet quer saber por quê

Deputado protocolou requerimento de informação na Câmara nesta segunda-feira.

O Brasil vive a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, pelo menos. A despeito disso, o governo federal suspendeu o funcionamento do Sistema Nacional de Meteorologia, que reunia os três principais órgãos do setor: o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipa). Em pouco tempo de funcionamento, o SNM já havia feito previsões e recomendações importantes para o combate à crise hídrica.

Nesta segunda-feira (4), o deputado Gustavo Fruet (PDT-PR) perguntou ao governo qual o motivo da suspensão do órgão.

“(1) Haja vista que o Sistema Nacional de Meteorologia já estava em pleno funcionamento, quais os motivos que levaram à decisão de extinguir o órgão a partir da desistência de sua formalização? (2) Devido à gravidade das crises hídrica e energética no atual momento, que ações o Governo está adotando para evitar um possível apagão?”, questionou o deputado.

“No que diz respeito ao atraso governamental em tomar decisões importantes para proteger a população de uma crise que se anuncia há algum tempo, o SNM representou um importante instrumento no planejamento de ações de combate ao desabastecimento energético, pontuando a eminência e gravidade da crise hídrica apenas 4 dias após ser
implementado, não oficialmente. A demora de sua institucionalização, contudo, e sua precoce extinção constituem um perigo ao pleno funcionamento do País em um cenário de diferentes crises já instaladas”, argumenta Fruet.

Os requerimentos foram enviados aos ministérios de Ciência e Tecnologia e à Casa Civil.

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