Lançado com pompa, cartão da Urbs só tem 57 adesões nas primeiras semanas

Vendas do cartão Curitiba+ não decolaram, apesar da promessa de valor mais baixo para quem quer usar ônibus fora do horário de pico

Apenas 57 cartões Curitiba+ foram emitidos entre 13 e 24 de novembro. O Cartão, lançado pelo vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), permite o uso do transporte coletivo da capital fora do horário de pico por um valor fixo mensal de R$ 240. A principal vantagem é poder usar o transporte de forma quase ilimitada nos fins de semana.

Segundo a URBS, os cartões emitidos desde o lançamento representam R$ 13.680 em créditos, 80% dos quais vão direto para as empresas concessionárias do serviço. Os dados de passageiros transportados pelos ônibus no período de 14 a 24 de novembro também mostram que não houve aumento em nenhum horário em relação aos dados de 1 a 13 de novembro.

No lançamento, o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, disse esperar que pelo menos dez mil passageiros a mais aderissem ao novo cartão. O problema é que ao contrário do cartão avulso da URBS que pode ser comprado em bancas e outros comércios na cidade, o Curitiba+ exige que o usuário marque um horário de atendimento nas Ruas da Cidadania para cadastrar seus dados biométricos. A burocracia extra, diz a URBS, serve para impedir que o cartão seja compartilhado.

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6 comentários em “Lançado com pompa, cartão da Urbs só tem 57 adesões nas primeiras semanas”

  1. Chega a ser ridículo, a pessoa tem que usar pelos 3 passagens por sábado e 3 no domingo para não ficar no prejuízo. O valor para começar a ficar interessante seria de uns 100 por mês. Não sei aonde isso é vantagem, por isso só 57 pessoas compraram até agora. (ou realmente precisam de vários ônibus no final de semana ou são péssimos em matemática).

  2. Edlaine Karine Stabele

    O valor cobrado é ridículo. Até pensei em aderir, mas depois de ver o valor desisti. Se fosse um valor mais atrativo, independente da burocracia, acredito que haveria maior adesão. Se fosse aplicado a tarifa menor para todos os cartões dentro do horário de redução da passagem mais pessoas usariam o transporte coletivo fora do horário de pico. Mas com esse valor e burocracia continuarei usando os apps de transporte mesmo. Ônibus? Só para ir trabalhar.

  3. Curitiba não é Paris, eu sei. Claro que há outras de garantir os recursos para o funcionamento do transporte público na França. Porém, acho que um valor de R$ 100 ou R$ 120 é possível sim, considerando subsídios e, principalmente, o aumento do número de usuários pagantes. Mais gente para pagar ônibus que já estão circulando. Eu citei os R$ 45 para usar a mesma proporção de passe mensal/passagem única em Paris. Porém, se a tarifa zero não acontece, não seria um objetivo a se pensar? E repetindo, nenhum serviço que você paga mensalmente custa o mesmo valor de utilização única durante o mês todo. Uma mensalidade em uma academia custa muito menos do que 20 ou 30 diárias. Uma assinatura de corte de cabelo custa menos do que 10 ou 15 cortes. Um plano mensal de pagamento de transporte coletivo custando o mesmo que 20 dias de utilização, com limitação de horário e burocracia para se utilizar é algo criado para não dar certo, para muita gente não aderir e depois alguém falar “olha só, tentamos, mas não quiseram”.

  4. Maria Ostra Árvore

    Carlos. As coisas não funcionam assim aqui. Se usarmos a sua lógica, o preço real seria para uns 200. 45 reais não faz sentido, considerando as médias de preços geral.

  5. E me incomoda muito o título de “Cidade mais Inteligente do Mundo” para Curitiba. Somos mais inteligentes que Paris? Então por que um bilhete de trem do aeroporto Charles de Gaulle custa € 11,45, mas um passe mensal para realizar essa viagem quantas vezes quiser e em qualquer horário custa € 84,10? E eu já citei justamente a zona mais cara do transporte de lá. Se fosse usar a mesma lógica aqui, um bilhete mensal custaria em torno de R$ 45. Paris foi só um exemplo. Se pesquisar o transporte coletivo de várias cidades do mundo, informação hoje de fácil acesso na internet, nenhum passe mensal custa o equivalente a um mês de viagens únicas.

  6. A burocracia extra atrapalha realmente, mas se esse cartão custasse R$ 100, R$ 120, arrisco a dizer que veríamos filas enormes nas Ruas da Cidadania. Esse valor pode parecer irreal, mas é necessário sempre um bom desconto para qualquer serviço que você vai pagar uma vez por mês comparado aos que se vai usar por vez, basta ver que foi dito boa parte das críticas algo como “e essas passagens serão devolvidas no final do mês se não forem usadas?”. Ou seja, as pessoas não estão vendo como um serviço mensal e sim um adiantamento de compra de passagens justamente pelo preço absurdo imposto pela prefeitura.

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