O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) passou a contar com mais um assentamento no Paraná. Trata-se do Assentamento Maria Rosa do Contestado, no município de Castro, cuja inauguração contou com uma festa na última sexta-feira (15) reunindo cerca de 500 pessoas, com almoço oferecido pelo movimento a militantes e convidados. Este é o primeiro assentamento criado durante o terceiro governo de Lula no Paraná.
A área, que atualmente abriga 63 famílias, era explorada pelo agronegócio com uso de agrotóxicos. Depois de oito anos desde a formação do acampamento, a produção passou a ser certificada como sendo 100% agroecológica.
A comunidade Maria Rosa Contestado, através da Cooperativa dos Trabalhadores Rurais da Reforma Agrária (Confran), fortaleceu a produção e comercialização de alimentos, beneficiando 157 sócios e outras famílias do MST na região. Esses alimentos são destinados a programas de alimentação escolar e a outras iniciativas, como a entrega de alimentos para entidades sociais.
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Além das conquistas alcançadas, o assentamento possui planos de expandir sua produção de grãos e alimentos agroecológicos, visando atender mais escolas e entidades sociais na região. O evento de inauguração do assentamento marcou não apenas a conquista do assentamento, mas também a luta contínua por justiça e sustentabilidade na agricultura, afirma Célio Meira, produtor agroecológico e dirigente estadual do MST.
Segundo Meira, a ênfase na produção de alimentos saudáveis marcou a comunidade. Para ele, a consolidação do assentamento representa uma conquista para a cooperativa da comunidade, garantindo renda para as famílias locais.
Após anos de interrupção da reforma agrária, a efetivação do primeiro assentamento no Paraná reavivou a esperança para os sem terra. Dilce Noronha, integrante da Direção Estadual do MST, destacou que o assentamento Maria Rosa é um projeto de vida não apenas para a comunidade, mas para toda a sociedade, enfatizando a produção de alimentos saudáveis como um pilar fundamental do MST em todo o Brasil.
A celebração contou com a presença de diversas autoridades, como o bispo da Arquidiocese de Ponta Grossa, Sergio Arthur Braschi, o superintendente do INCRA-PR, Nilton Bezerra Guedes, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, entre outros representantes estaduais, regionais e membros de universidades e organizações parceiras do MST.
O bispo foi homenageado durante a celebração, com o reconhecimento de sua contribuição ao longo dos anos. Dom Sérgio sempre valorizou a produção diversificada e comunitária de alimentos livres de veneno.
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