A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) contra um policial civil de Colombo, região metropolitana de Curitiba, acusado de usura, violação de sigilo e extorsão por envolvimento com agiotagem. O caso foi revelado após investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O policial civil se uniu a um agiota para oferecer empréstimos a comerciantes da cidade. De acordo com o Gaeco os consignados de até R$ 10 mil tinham juros de 20% mensais. “Os empréstimos eram feitos com taxas absolutamente inapropriadas, o que constitui a denominada usura e na sequência, quando havia dificuldades no recebimento, havia ameaça policial, de faz mal, disparos contra a casa da pessoa”, explicou o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti.
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Conforme a investigação o policial acessava o banco de dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e ali conseguia informações sobre possíveis vítimas. O agiota, por sua vez, oferecia os empréstimos aos comerciantes, que não sabiam sobre a associação dos acusados.
Em caso de dificuldade para pagamento da dívida, o policial fazia ameaças. “Quando havia dificuldades no recebimento, havia ameaça policial, de faz mal, disparos contra a casa da pessoa”, destacou Batisti.
O caso corre na Vara Criminal de Colombo, que ao aceitar de denúncia determinou o recolhimento da arma do policial e a suspensão do acesso ao banco de dados.