Gêmeos siameses nascem em Campo Largo; médicos ainda não sabem se poderão separá-los

Bebês ligados pelo osso sacro, como ocorreu nesse caso, são raríssimos; crianças passam bem, segundo Hospital do Rocio, onde cesárea foi realizada

Um caso raro de gêmeos siameses ligados pelo osso sacro foi registrado nesta semana no Hospital do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Os bebês nasceram numa cesárea considerada complexa e, segundo comunicado do hospital, passam bem.

Responsável pela cesárea, a obstetra Marina Nunes Machado afirma que a grande dúvida agora é se será possível fazer uma cirurgia para separar os dois bebês. O primeiro passo, segundo ela, será uma avaliação neurológica. Os médicos precisam ver também quais órgãos os irmãos compartilham e até onde isso viabiliza ou não a separação.

Siameses raros

O nascimento de gêmeos siameses – que são aqueles que têm compartilhamento de alguma parte do corpo, estando ligados um ao outro – é muito raro. E, dentro dos casos de siameses, o mais comum é que a ligação seja feita pelo osso esterno, que fica no tórax. No caso dos bebês de Campo Largo, porém, a ligação é feita pelo osso sacro, o que ainda é menos comum – os irmãos, assim, nasceram de costas um para o outro.

De acordo com a terminologia médica, nesse caso os siameses não recebem o nome de xifópagos, mas de pigópagos. E nem sempre é possível que a gestação de gêmeos nessas condições seja levada a termo.

Os bebês que nasceram no Rocio têm, juntos, 3,360 quilos. A identidade das crianças e da família por enquanto está sendo mantida em sigilo pelo hospital, para que se garanta a privacidade dos bebês.

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