Dia dos pais: mais que gerar, cuidar

Plural conta como a paternidades mudou a vida de três curitibanos

No Brasil cerca de 110 mil certidões de nascimento registradas em 2023 não possuem o nome do pai, segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Mas sempre há exceções à regra e em Curitiba três homens fizeram questão de se tornarem pais. O Plural conta essas histórias neste domingo, 13, Dia dos Pais.

Desde que atingiu a maioridade Toni Reis já sonhava com a ideia de se tornar pai. Quando conheceu seu marido David Harrad o sonho de construir uma família se intensificou e juntos começaram a planejar a paternidade. “Em 2000 nós decidimos que iríamos adotar e em 2005 demos entrada na papelada”. 

Toni e David se planejaram muito para que a adoção fosse viabilizada e ao longo de uma década brigaram na justiça para que pudessem ser pais. Em 2011 o casal homoafetivo foi o primeiro a adotar crianças no país. “Eu sempre falo pros nossos filhos que eles podem não ser biológicos, mas eles foram muito planejados e esperados por nos”, diz Reis.

Paternidade

Em 2011 o casal adotou seu primeiro filho Allyson, que na época tinha 10, três anos depois, em 2014, o casal adotou mais duas crianças: Alice de 11 anos e Filipe de 8. “Tivemos uma adoção tardia e foi um processo difícil, mas de compreensão mútua, desde o primeiro momento vivemos muitas alegrias e trocas de afeto”, diz. 

Reis relembra a primeira comemoração dos dias do pais com orgulho. “Primeiro adaptamos o dia das mães em dia dos pães, mas no primeiro dia dos pais eles fizeram um café reforçado para nós com bolo, café e as cartinhas deixaram tudo mais emocionante”, diz. 

Uma grande família

Marcos e sua família. Foto:Arquivo pessoal
Marcos Mendes e família. Foto: arquivo pessoal

Marcos Mendes sempre desejou ter uma família grande, já com três filhos, Aryanne, Caroline e Rafael frutos de seu casamento com Ingrid Mendes, Marcos achava que era o suficiente. 

Porém, em 2012 a adoação voltou a ser pauta das conversas da família. “Eu estava preparando uma palestra e me deparei com uma imagem de uma criança no Iraque pós-guerra, e de primeira eu pensei que queria acolher aquela criança”, diz Marcos. 

A foto impactou Marcos e o impulso de ajudar aquela criança logo se transformou. “Alguns dias depois de ter visto essa imagem eu precisei ir ao centro de Curitiba para resolver alguns assuntos e na Boca Maldita tinha um grupo fazendo uma exposição sobre adoção”. 

Marcos e Ingrid interpretaram essas situações como um sinal divino de que deveriam iniciar um processo de adoção. O casal conheceu os cinco irmãos André, Cris, Emely, Andreia e Taynara e estava feita a conexão: a família dobrou de tamanho e passou a ter dez integrantes, algo que era fora dos planos, mas que, com tranquilidade foi ajustado. “De início pensamos: vamos adotar três, já criamos três filhos e vamos saber como lidar”.

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