O custo real do transporte coletivo de Curitiba irá somar R$ 296,8 milhões até o dia 30 de abril de 2024. Esse valor é baseado na previsão da URBS no cálculo da tarifa técnica do sistema nos quatro primeiros meses do ano. Em média, o valor pago para as empresas concessionárias por passageiro equivalente ficou R$ 1,30 acima da tarifa cobrada na catraca, que é de R$ 6.
Com a diferença entre o valor da tarifa e o valor pago às empresas concessionárias o déficit do sistema chegará a R$ 51 milhões no fim de abril. A previsão é que em 2024 o déficit total chegue a R$ 180 milhões. Esse valor é bancado por recursos do caixa da prefeitura de Curitiba e é mais do que o orçamento anual da Fundação de Ação Social (FAS).
O cálculo do déficit do sistema não considera nem a compra dos ônibus elétricos, nem as obras de revitalização das linhas Inter 2, ambos também bancados pelo caixa da prefeitura.
Dados sistematizados pelo Plural mostram que a tarifa técnica paga às concessionárias varia a despeito da quilometragem média e o número de passageiros variar em menor grau. A frota disponível na cidade também não sofreu grandes mudanças.
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Se continuar nesse ritmo, a ideia de a prefeitura arcar com o custo de todo o transporte coletivo e deixar a tarifa gratuita não será absurda para boa parte das pessoas. E seria bem melhor para a cidade de várias formas.