Curitiba tem ato em memória do ciclista Kristofer Enzo, morto ao ser atropelado

Protesto acontece no domingo (20), dia em que o adolescente completaria 16 anos

Neste domingo (20) familiares, amigos e ciclistas realizam um ato em memória do adolescente Kristofer Enzo, que morreu há um mês após ser atropelado por um biarticulado enquanto se deslocava de bicicleta pela canaleta.

O ato será realizado no dia em que a vítima completaria 16 anos a partir das 9h, na praça de Bolso do Ciclista, na Rua São Francisco, no Centro de Curitiba. De lá os manifestantes seguem até o local do atropelamento, na avenida Presidente Affonso Camargo, onde ocorre uma homenagem para Enzo.

Além disso, os manifestantes querem aproveitar a data para cobrar providências da Prefeitura de Curitiba. Entre as demandas que serão apresentadas estão a inclusão de ciclofaixa Emergencial na Av. Pres. Affonso Camargo e abertura de um canal de comunicação entre ciclistas e administração em reuniões mensais.

Relembre

Enzo foi atropelado por volta das 8h e a família ficou sabendo do falecimento por meio de uma reportagem de TV, ao meio-dia. O motorista do biarticulado, de acordo com a família, fez uma ultrapassagem em um local proibido.

“A lei de trânsito é muito clara. O grande cuida do pequeno. Não importa se ele estava na caneleta do ônibus. Eles [prefeitura] dizem que é proibido, mas se ele não fosse por lá ia pedalar onde?”, questiona Kimberly Oliveira, irmã da vítima.

O caso está sendo investigando pela Polícia Civil (PC) e, ao Plural, a assessoria de imprensa informou que aguarda laudos complementares para concluir o inquérito.

Na última semana a família se reuniu com ativistas na Assembleia Legislativa do Paraná. Participaram do encontro o deputado estadual Goura (PDT), o presidente do Conselho Paranaense de Direitos Humanos (COPED) Marcel Jeronymo; a ativista e professora Viviane Mendonça (vou_de_bike_e_salto_alto); Regina Bacellar, da Comissão de Direito a Cidade da OAB; representantes da Cicloiguaçu e do Pedal Cajuru, além de assessores e advogados.

Foram definidas algumas ações para cobrar providências urgentes do poder público com o objetivo de garantir segurança e estrutura para ciclistas que serão desenvolvidas enquanto o inquérito estiver aberto.

“Nós vamos fazer barulho até que esta ciclovia seja implantada. Queremos diálogo com as autoridades. Não é a primeira vez que acontece um acidente na canaleta e apesar do caso do meu irmão ser um crime doloso nós queremos mais segurança para evitar acidentes”.

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