Após pressão, governo promete não fechar escolas estaduais este ano

Nove cidades e 15 colégios estavam ameaçados. Matrículas para todas as séries serão liberadas

Com redução constante de turmas, e consequentemente de alunos, 15 escolas estaduais do Paraná corriam o risco de serem fechadas no fim de 2019. Após dois meses de negociações, entre Secretaria Estadual de Educação (Seed), sindicato e comunidade escolar, o governo anunciou hoje (6) que manterá as instituições abertas e funcionando com o mesmo número de turmas. Pelo menos este ano. Em 2020, uma nova análise será realizada.

O anúncio foi feito pelo líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Hussein Bakri (PSD), também presidente da Comissão de Educação. “Chegamos a esse consenso. Será dado o prazo de um ano para que as escolas que não têm alcançado o número suficiente de alunos possam se adequar, para que possamos alcançar o que desejamos: todas as escolas em funcionamento. Portanto, todas funcionarão normalmente. A Educação é uma luta de todos nós e uma prioridade do governo Ratinho Júnior”, garantiu Bakri.

Os colégios tiveram o número de alunos reduzidos pois, nos últimos quatro anos, houve fechamento de novas turmas de séries iniciais (6º do Ensino Fundamento e 1º do Ensino Médio). “Em alguns anos, sem novas turmas, há redução de alunos e uma cessação do ensino”, já havia alertado o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.  

A diretora da entidade, que esteve na reunião de hoje com o governo, lembra que o debate sobre o assunto começou em setembro e resultou em diversas reuniões, sempre sem retorno. “Então recorremos à Comissão de Educação para mediar um debate com a Seed, que envolveu diretores e toda comunidade escolar. Depois de discussões intensas, o governo assumiu o compromisso de não fechar nenhuma das 15 escolas este ano e vai acompanhar de perto o trabalho e a demanda e analisar a questão pedagógica, para outro debate no ano que vem, mas nossa luta é pra não sejam fechadas”, reforça Tereza Lemos.  

Desta forma, estão autorizadas matrículas em todas a séries que a escola oferecia, bem como, cadastro reserva para séries iniciais. “Se tem Educação Básica e Fundamental, vai manter pra todas as séries do Ensino Médio”, explica a professora.  

Bakri confirma que em 2020 os colégios passarão por uma nova análise da relação ‘oferta-procura’ do número de alunos, para só então definir se elas têm mesmo condições de seguir funcionando.

As escolas estaduais em análise são as seguintes, nas referidas cidades:

*Curitiba
Colégio Estadual Tiradentes
Colégio Estadual Zacarias
Colégio Estadual Amâncio Moro
Colégio Estadual Nilson Ribas
Colégio Estadual Guaíra
Colégio Estadual Elysio Viana
Colégio Estadual Francisco Macedo Azevedo

*Adrianópolis
Colégio Estadual Santa Bárbara

*Cambará
Colégio Estadual Professor Silvio Tavares

*Capitão Leônidas Marques
Colégio Estadual Alto Alegre do Iguaçu

*Céu Azul
Colégio Estadual Boa Vista

*Francisco Beltrão
Colégio Estadual Cango

*Ibaiti
Escola do Campo Gentil Lucas

*Salto do Itararé
Colégio Estadual Gabriel Bertoni

*São João (Região de Pato Branco)
Colégio Estadual José de Anchieta

Garantia foi dada durante reunião na Alep, entre governo, sindicato, diretores e comunidade escolar. Foto: APP-Sindicato

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