Um grupo de políticos de oposição ao prefeito Rafael Greca (PSD) entrou com uma ação judicial na madrugada desta quarta-feira (1) para reverter o aumento da passagem de ônibus em Curitiba. Segundo a argumentação apresentada à Justiça, a Urbs, ligada à Prefeitura de Curitiba, anunciou o novo valor da passagem falando menos de dez horas para que i reajuste entrasse em vigor.
Nesta terça (28), a Urbs anunciou que a tarifa para o passageiro em Curitiba subiria de R$ 5,50 para R$ 6,00. Com o reajuste, a cidade volta a ter a passagem mais cara de todas as capitais brasileiras. O aumento, de aproximadamente 9%, foi anunciado no site oficial no meio da tarde (o Plural havia antecipado a notícia horas antes). A partir da meia-noite, o novo valor já estava vigindo, o que significa que as pessoas não tiveram tempo para se preparar e talvez nem soubessem do reajuste.
A ação é assinada pelo deputado estadual Goura (PDT) e pelos vereadores Professora Josete (PT), Giórgia Prates (PT), Maria Letícia (PV) e Angelo Vanhoni (PT). Eles se baseiam em uma outra ação impetrada em 2019, quando a prefeitura anunciou um outro aumento da tarifa. Na época, a primeira instância do Judiciário chegou a conceder uma liminar reduzindo a passagem, mas a Prefeitura conseguiu reverter a decisão alguns dias depois.
A argumentação contra o reajuste afirma que o transporte público, além de um direito, é um insumo básico e insubstituível. Ou seja, ao contrário do que ocorre com alguns alimentos, que podem ser substituídos por outros, caso fiquem mais caros, quem depende do ônibus muitas vezes não tem como deixar de usá-lo – e assim, a única resposta diante do reajuste é pagar o preço novo cobrado pelas empresas.
O deputado Goura também recorreu nesta terça ao Tribunal de Contas do Estado e ao Procon, pedindo que sejam tomadas medidas contra o reajuste.
Sobre o/a autor/a
Plural, o Rafael Greca não é e nunca foi do PDT. Greca é do ARENA, hoje em dia, via União Brasil 44.