70% dos criadouros do mosquito da dengue estão em casas e quintais

Levantamento da vigilância ambiental da Secretaria Municipal da Saúde, realizado em janeiro de 2024, em Curitiba, identificou 194 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya. A maioria deles, cerca de 70%, foi encontrada nas casas […]

Levantamento da vigilância ambiental da Secretaria Municipal da Saúde, realizado em janeiro de 2024, em Curitiba, identificou 194 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya. A maioria deles, cerca de 70%, foi encontrada nas casas e nos quintais, o que reforça a necessidade de cada morador vistoriar semanalmente o local onde vive em busca de qualquer recipiente que possa acumular água e se tornar criadouro do mosquito.

O ciclo de reprodução do Aedes aegypti é de cerca de uma semana, entre a fase de ovo, larva e mosquito adulto. Por isso, a vistoria em busca de criadouros deve ser semanal. Mesmo uma tampinha de garrafa esquecida no quintal pode se tornar criadouro do mosquito.

Onde procurar

O hábito saudável de acumular água da chuva em tonéis, bombonas, caixas d’água ou qualquer reservatório no solo se tornou também um potencial berçário dos mosquitos. Para evitar que sejam “maternidade” do Aedes, esses reservatórios precisam ser vedados com telas que não permitam a passagem da fêmea em busca de local para colocar seus ovos. Todas as aberturas do recipiente precisam ser vedadas, porque o mosquito é muito pequeno e pode facilmente entrar e sair dele.

O pote de água dos animais precisa ser frequentemente lavado com esponja e sabão e não somente completar com água. Também é necessário verificar o bebedouro de passarinhos, que geralmente é deixado em árvores no quintal. A abertura do recipiente é suficiente para o mosquito depositar os ovos.
 

Os brinquedos das crianças devem ser guardados em locais secos e protegidos da chuva. É comum um brinquedo esquecido no quintal acumular água. Também é necessário lavá-los com esponja e sabão para eliminar possíveis ovos depositados nas bordas.
 

Baldes, potes, pneus, garrafas devem ser guardados em locais protegidos da chuva. Se não forem mais usados, devem ser descartados adequadamente.
 

Piscinas precisam ter a água tratada e as bordas lavadas com esponja e sabão ou com produtos próprios para esse fim, inclusive as de plástico, que muitas vezes são esquecidas no fundo do quintal.
 

Restos de construção, telhas, entre outros materiais inservíveis também precisam estar protegidos da água da chuva ou descartados adequadamente.
 

Todo lixo deve ser embalado e descartado adequadamente. As lixeiras precisam estar tampadas e também é necessário lavar a tampa, que pode acumular água.
 

Os vasos de plantas também devem estar livres de pratinhos para reter a água da rega. Na área externa, os vasos não precisam dos pratinhos. Dentro de caso, os pratinhos devem ser preenchidos com areia, para evitar o acúmulo de água.
 

Também é preciso atenção dentro de casa. Em algumas geladeiras, a bandeja de degelo, que fica na parte de trás, perto do motor, é um verdadeiro paraíso para os mosquitos: escondido, com calor e água. É preciso verificar semanalmente se acumula água e lavar com esponja e sabão.
 

Os aparelhos de ar condicionado, refrigerador portátil e ventiladores que têm recipientes com água também precisam de atenção e limpeza periódica.

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