Duas reportagens de estudantes de jornalismo publicadas pelo Plural foram vencedoras do Prêmio Livre.Jor de Jornalismo Mosca em 2022. As alunas Mayala Fernandes, da UFPR, e Letícia Fortes, da PUC, foram premiadas na categoria universitária por textos que revelam informações sobre a política paranaense. Ambas foram estagiárias do Plural, em momentos diferentes.
A reportagem de Mayala ficou em primeiro lugar no prêmio. Na matéria, Mayala mostra que os homens são maioria absoluta dos cargos de direção nos partidos políticos brasileiros – o que, desde o começo, dificulta a ascensão das mulheres na vida política brasileira.
A reportagem, intitulada “Quem tem voz nos partidos do PR são os homens, só há mulheres em 11% dos cargos de liderança“, foi elogiada pelo grupo de jurados, composto pelos jornalistas do Livre.
“A reportagem é uma ótima síntese do que consideramos jornalismo-mosca bem executado: busca dados oficiais sobre uma questão de interesse público, transforma a apuração em uma evidência de um problema social (no caso a baixa representatividade das mulheres no comando do partido político) e apresenta esse ‘achado’ de forma objetiva e petulante. Que não basta falar, tem que provocar, tem que dar uma canelada, senão é outra coisa, deixa de ser jornalismo-mosca”, justifica o júri, formado pelos membros da Livre.jor – à exceção de João Frey, que neste período trabalhava no Plural.
O segundo lugar ficou com “Herdeiros de famílias políticas representam 33,3% dos assentos entre deputados federais e estaduais, de Maria Luísa Cordeiro e Tayná Luyse, alunas da PUC.
A terceira posição foi de Letícia Fortes. A reportagem “Políticos paranaenses que foram contra aumento do Fundão já receberam R$ 10 milhões“, de Letícia Fortes, também publicada no Plural, cumpriu direitinho o protocolo. “Levantou os dados, achou um enfoque petulante e não desistiu de levar ele adiante, apesar da crítica pública a políticos influentes da cena paranaense. Sopesando o ineditismo dos três premiados, a reportagem, entretanto, ficou atrás das demais. O Fundão era o tema da época na discussão política”, defendeu o júri.
Para Rogerio Galindo, coordenador de jornalismo do Plural, o prêmio mostra que o jornal acerta ao apostar em textos de jovens talentos. “É impressionante como essa geração que está saindo das universidades vem com trabalhos prontos, e com uma qualidade excelente. A gente sempre faz questão de dar chance para o pessoal, e eles nunca decepcionam”, diz.