Professores querem convocar greve contra mudanças na progressão de carreira

Novas regras dificultam a evolução de profissionais que investirem em formação acadêmica ou por bom desempenho

Os professores da rede municipal de educação avaliam nesta quarta a possibilidade da categoria começar uma greve contra o projeto de mudança nas regras de progressão de carreira de servidores públicos de Curitiba. Para o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (SISMAC), a proposta contribuiu para tornar a carreira docente ainda menos atraente, o que contribui para a falta de profissionais da área.

Outra crítica do sindicato é que as barreiras impostas à progressão de carreira vão desestimular a busca por aprimoramento profissional e fazer com que muitos professores da rede se aposentem sem conseguir evoluir na carreira de maneira compatível com a formação e os resultados que possam ter conquistado.

O principal ponto questionado pelo SISMAC se refere a Progressão Por Desempenho e a Progressão por Qualificação. Pelo Projeto de Lei enviado pelo prefeito Rafael Greca à Câmara, este processo irá acontecer uma vez a cada dois anos e irá determinar quais servidores vão ter direito à progressão (e consequente remuneração). A Progressão por Desempenho ocorrerá em anos pares e a por Qualificação nos anos ímpares.

O município, porém, estipulou um limite de vagas para a progressão equivalente a 20% do total de servidores ativos no ano anterior. Só terão direito a progressão os servidores melhores classificados, os demais terão que aguardar o próximo processo. Além disso, depois de ser contemplado com a progressão o servidor ficará os três processos seguintes sem poder participar.

A Assembleia do SISMAC para decidir sobre a paralisação acontecerá nesta quarta, dia 23 de novembro, às 18h30 na sede do Sintracon Curitiba, na rua Trajano Reis, 538, no São Francisco.

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